sábado, 3 de fevereiro de 2007

Municípios - Buscando Qualidade e Humanidade

A Cidade São Paulo ao longo de seus 453 anos de vida se transformou na maior metrópole da América do Sul, conta com mais de 11 milhões de habitantes, contem bairros como Cidade Ademar com população de mais de 400 mil habitantes sendo que aproximadamente 77 mil vivem nas 198 favelas espalhadas pelo bairro. Aproximadamente 40% da população do bairro tem até 5 anos, a taxa de homicídios é a segunda maior causa de mortes sem mencionar o alto consumo e trafico de drogas. A educação no bairro é de péssima qualidade, saneamento básico frágil, atendimento médico precário. A cidade de São Paulo em boa parte cresceu de forma totalmente desordenada formando em sua periferia bairros que podem ser facilmente confundidos com cidades médias. Ao longo das décadas a cidade tem sido administrada de forma totalmente imatura e irresponsável com Prefeitos muito mais preocupados em se auto promover com números estatísticos que realmente com as necessidades da população. Mede-se a necessidade de uma área pelo numero e não pela qualidade do serviço. Somente para exemplificar vou mencionar a área de educação infantil e fundamental. Quando se fala em educação o político brasileiro tem por habito demonstrar quantas escolas foram feitas em sua administração, porem antes de construir mais escolas, nunca entendi porque não se faz nas já existentes investimentos que as tornem eficientes com bom nível de educação, com instalações confortáveis, investimento em aperfeiçoamento de professores e outros itens que tornem a estrutura já existente serviço de qualidade. Com o dinheiro investido em novas escolas alem do já mencionado deveriam ser realizadas também ampliações e modernização das instalações das escolas existentes melhorando a qualidade e reforçando a quantidade de vagas disponíveis para a população. Esta faltando aos políticos do executivo um olhar mais humano e menos estatísticos as necessidades da população. Imagine o que poderia ser feito com os recursos utilizados para novas construções se aplicados na estrutura já existente não é plausível que na escola privada se consiga na mesma instalação proporcionar escola infantil e fundamental com qualidade e nas publicas com raras exceções, não! Investimento em novas escolas somente deveriam ser realizadas quando a atual estrutura obter nível de serviço satisfatório, ai sim! Amplia-se a estrutura de forma gradativa sempre primando pela qualidade e não pela quantidade. A população necessita de serviço de qualidade e não de maior quantidade de falta de qualidade! Programas de investimento conjunto integrando investimentos de secretarias nas áreas de educação, saúde, habitação e lazer deveriam ser realizados em detrimento de programas isolados como hoje, explico, Não existe, por exemplo, nenhum programa integrado de reurbanização de favelas que contenha investimento em educação profissionalizante estimulando aprendizado profissional que proporcione a população residente criar um comercio local gerador de empregos dentro da sua própria comunidade. Imaginemos um programa de urbanização que contenha e proporcione aos moradores estudo profissionalizante de cabeleireiro, enfermagem, atendimento ao publico, Call Center, eletricista, administração de pequenos negócios como padaria, papelaria, etc. A prefeitura na reurbanização da favela construiria alem das casas e apartamentos uma região comercial dentro do complexo e ofereceria cursos profissionalizantes e gerenciamento de pequenos negócios proporcionaria aos alunos que se destacarem financiamento para compra e inicio de seu novo negocio e aos demais alunos qualificação profissional podendo proporcionar aos novos empreendedores da região absorver estes alunos, trazendo a própria região à possibilidade de gerar sua economia podendo assim suprir parte da população residente com trabalho e empreededorismo. Bastaria para isso investimento em qualificação, equipamentos e ampliação na estrutura da escola mais próxima do projeto. Na área de saúde poderia ser construído pequenos postos de pronto socorro dentro deste projeto proporcionando pequenos atendimentos de urgência sendo realizados ali mesmo na comunidade, bastaria ao município deslocar o pessoal de pronto socorro atualmente alocados em grandes hospitais públicos para estas varias pequenas unidades, desafogaria os grandes hospitais públicos deste tipo de atendimento e facilitaria a população atendida. Sem mencionar que parte dos funcionários principalmente na área de atendimento poderá ser formada por alunos vindos da escola profissionalizante do próprio projeto tornando a comunidade muito mais humana e agregada ao atendimento e recepção de pacientes. Se investirem em programas integrados ao invés de projetos dispersos as secretarias utilizariam as mesmas verbas porem com resultados muito mais significativos. Enfim não importa a maneira o importante é humanizar e proporcionar qualidade aos serviços prestados deixando de lado essa mania de estatística que tem levado cidades como São Paulo ao caos social.