domingo, 11 de fevereiro de 2007

Banco Central – Apenas, Um Antigo Cúmplice!


A política de juros praticada pelo Banco Central do Brasil (BC) tem sido apontado por formadores de opinião como um dos principais responsáveis para a inibição e falta do robusto (expressão favorita dos economistas) crescimento econômico brasileiro. A lentidão na queda da taxa de juros (Selic) praticada pelo BC tem efeito direto no baixo crescimento do país, segundo opinião geral. Um dos principais responsáveis apontado por este fato é o presidente da instituição Henrique Meireles que tem sido constantemente bombardeado por políticos, economistas e outros formadores de opinião pelo conservadorismo pessoal e de sua equipe relativo ao ritmo de queda atualmente em 13% ao ano. A taxa de juros praticada pelo BC é apontada por analistas como a principal causa para o custo do dinheiro principalmente ao credito realizados pelas instituições financeiras as empresas e pessoas, isso é uma verdade, porem muito pequena! Vem tendo destaque critico também entre os formadores de opinião a atuação do BC no mercado de cambio a cotação tem variando entre R$ 2,09 e R$ 2,13 em relação ao dólar considerado muito baixo favorecendo as importações e prejudicando as exportações brasileiras embora na pratica as exportações brasileiras vem conseguido manter o bom ritmo. O interessante nestas analises é que pontos muito mais relevantes não estão sendo abordados pelos críticos analistas tais como a exigência do BC as instituições financeiras de compulsório sobre depósitos a vista e outros, sem esquecer de mencionar a alta carga tributaria sobre esses recursos, somados tributos mais deposito compulsório representa algo superior a 80% este item sim, tem um peso enorme sobre o custo do credito oferecido pelas instituições financeiras alias um peso bem maior que a taxa Selic propagada de forma “robusta” pelos analistas.Para entender melhor basta uma historinha sobre o tema. O deposito compulsório é um dos principais instrumentos utilizados pelo BC, obriga instituições financeira a depositarem no BC parte de seus recursos diários durante um período determinado porem sem nenhum tipo de remuneração e vem desde a época do governo FHC, com a clara e proposital intenção de inibir a oferta de credito ao mercado interno. Esta pratica encarece e dificulta a oferta de credito a economia Para que uma economia cresça de forma “robusta” a principal ferramenta é a capacidade econômica de seu mercado formado por sua população e empresas e desde o governo FHC vem sendo política frear o crescimento de oferta de credito a custos justos a população e empresas, um dos principais responsáveis por este fato é o deposito compulsório cobrado pelo BC. Outro item é o tamanho, este sim! Robusto da carga tributaria e encargos trabalhista brasileiro. A dita “inflação sobre controle” sempre foi em boa maneira artificial, provocada muito mais pela pouca oferta de dinheiro ao mercado que sem dinheiro esta obrigado a baixar ou no maximo manter seu preço de venda e diminuir sua compra, inibindo crescimento e investimento ou mesmo sacrificando empresas e pessoas. O consumidor por sua vez fica com a sensação de estabilidade no preço porem com seu poder de compra cada vez mais corroído, pois um mercado sem dinheiro também é um mercado de empresas e pessoas com poucos recursos gerando, portanto quebra de empresas, desemprego ou ainda salários reduzidos, emprego e empresas informais esse ciclo gera queda de arrecadação e sonegação por total falta de recursos para arcar com impostos e encargos por pessoas e empresas. O governo para compensar esta queda de arrecadação colocou a cereja que faltava no confeitado e “robusto” bolo de barbeiragens política e econômica que realizou, ou seja, aumentou sistematicamente os tributos e criou maior rigor para cobrar “sonegadores”. O BC teve sempre um papel fundamental nestas questões e seria muito mais justo ser cobrado por eles e não somente pela taxa Selic! Com relação à taxa de cambio também durante o governo FHC, o governo brasileiro contava com boa parte de sua divida interna lastreada ao cambio, explico, para cobrir seu déficit em conta corrente o governo emite títulos e os vende ao “mercado” prometendo pagar um premio (juros), a época o governo FHC tinha boa parte de seus títulos emitidos com valor nominal em dólar, resumindo se vendia títulos brasileiros em dólar com taxa brasileira de juros (uma das maiores do mundo) uma verdadeira bondade aos investidores entre eles bancos comerciais um desastre para a economia brasileira. Como estava com boa parte da divida publica em dólar obviamente os espertos economistas do BC (governo FHC) mantinham o dólar desvalorizado para não aumentar a divida publica porem inibia de forma espetacular as exportações brasileiras e ajudou a facilitar a entrada de produtos importados contribuindo para que as empresas dependentes do mercado interno alem da falta de credito a custo justo, encargos trabalhistas absurdos e tributação elevada ainda contava com produtos importados com baixo custo como concorrente, estrago brutal ao já sacrificado mercado interno! Para tentar corrigir tamanha barbeiragem o governo brasileiro criou um sistema de cota limite para empresas importadoras conhecido como RADAR, artifício absurdo, pois não podia mexer no cambio devido ao endividamento publico em moeda estrangeira e nem com alíquotas, pois poderia sofrer reclamações de outros países junto a Organização Mundial do Comercio (OMC). Com o tempo e muito sacrifício da população e empresas principalmente as micro, pequenas e médias o volume de títulos com lastro em dólar se reduziu o BC e o “mercado flutuante” de cambio finalmente pode elevar a taxa de cambio e as exportações brasileiras já protegidas pelo sistema Radar mencionado prosperaram como nunca antes havia conseguido proporcionando as grandes empresas exportadoras formarem um oásis na economia brasileira com bom volume de vendas e acesso a créditos internacionais a custo justo. Alias uma marca dos dois governos (FHC e Lula) foi conseguir aumentar a distancia entre as grandes e as outras empresas brasileiras, ou seja, alem da desigualdade social absurda agora temos a monumental desigualdade empresarial!