sábado, 5 de janeiro de 2013

Renan Calheiros - Fênix, Esta de Volta!




As constantes denuncias de privilégios, adicionais salariais decididos em segredo, familiares e algumas pessoas ligadas a escândalos que estão alocados como funcionários fantasmas na casa em especial na presidência do Senado, diretorias surreais em excesso , viagens de turismo a familiares e amigos custeadas com recursos públicos, diretores proprietários de mansões apesar de não terem renda declarada suficiente, filho de diretor residente em local destinado a parlamentares, entre inúmeros outros escândalos que eclodem diariamente na imprensa brasileira, contra a direção e integrantes do Senado brasileiro, talvez seja à explicação para o nebuloso corporativismo resultante no sucesso que o ex-presidente da casa Renan Calheiros (PMDB-AL) obteve à época em que foi absolvido nos processos de cassação, sobre os quais era acusado de pagar pensão a sua filha, fruto de um relacionamento extra conjugal, através de um “lobista amigo” de uma famosa empreiteira. Não se pode esquecer, que a histórica inocência de Renan Calheiros, foi baseada na duvidosa alegação, que tal pagamento havia sido realizado com recursos próprios, portanto na visão de Renan Calheiros e seus aliados não se trataria de decoro parlamentar, conseguindo “inexplicavelmente” convencer seus colegas senadores, que o fato de utilizar um “amigo lobista” representante de uma empreiteira que tem interesses diretos no orçamento proposto, analisado e votado pelo senado, não fere o decoro parlamentar. Somente a título de lembrança, alguns destes pagamentos de pensão, foram realizados na sala do lobista localizada no escritório da empreiteira. Renan Calheiros, conseguiu legitimar que um integrante do Senado brasileiro entre eles o próprio presidente da casa, pode utilizar qualquer pessoa que tenha interesse direto no orçamento da republica, para realizar pagamentos pessoais, basta que tenha sido supostamente com recursos próprio. Conseguiu ser inocentado com louvor, apesar de não deixar claro nem mesmo que o dinheiro utilizado era realmente seu e para piorar, conseguiu na ansiá de provar sua inocência, deixar muitas outras duvidas com relação a seus métodos nada ortodoxos como empresario e principalmente pecuarista, alem de não conseguir explicar de onde veio tamanha renda para obter somente o patrimônio reconhecido como seu, já que sua única atividade ao longo da vida foi ser politico. Mas, tudo isso foi esquecido e Renan Calheiros, não só manteve mandato como ainda renasceu como “fênix” das cinzas, mantendo sua poderosa e maléfica influencia, a ponto de ser decisivo em votações e questões vitais dentro da instituição e para interesses do governo. Uma de suas mais vistosas demonstrações de que mantem sua influencia e poder, sem duvida foi na articulação para o retorno de seu amigo, companheiro de partido e mentor José Sarney (PMDB/AP) a presidência do Senado brasileiro. Importante, relembrar o empenho que o atual presidente da casa, José Sarney, ao defender e articular em favor do amigo, Renan Calheiros, na busca de sua ”inocência” à época dos tais processos de cassação. O mar de lama que eclode do Senado, explica muito sobre o caráter e dinâmica de poder que Sarney e Renan Calheiros detém sobre os integrantes da casa. A ampla maioria dos senadores, incluindo muitos dos que demostram indignação, na verdade são cúmplices do estado de coisas que se transformou o Senado brasileiro, instituição centenária de importância fundamental para o país, que foi deixada a merce de gente inescrupulosa e de caráter e moral duvidosa. Esta servindo atualmente para que estas pessoas e seus “aliados” utilizem a casa como instrumento para seus interesses pessoais nebulosos. Os integrantes do senado brasileiro, agora de forma clara e totalmente explicável, na ocasião do processo contra Renan, perderam a oportunidade de iniciar uma limpeza e introduzir de verdade a moral e o respeito que a instituição mereceria. Ali poderia ter sido o inicio de uma limpeza nos antigos métodos de conduta e um marco para um novo modelo de senado, porem parece que a ampla parcela dos integrantes do Senado brasileiro, preferiu manter os antigos privilégios e mamatas contida na estrutura e reinventada por Renan e Sarney e cuidadosamente guardada pelo ex-presidente tampão, Garibaldi Alves (PMDB-RN), quando presidente da casa na continuidade do mandato de Renan Calheiros, que havia renunciado para se “defender” á época. O atual estado de coisas, é sim, culpa dos integrantes do Senado. Renan "Fênis" Calheiros, voltou com tudo! É cadidatissimo, a presidente do senado brasileiro! Com ele, seus métodos caráter e atitudes, estão em alta no senado brasileiro! Portanto, os senadores não podem reclamar da lama de escândalos que o senado brasileiro e muitos deles estão atolados. Afinal, cumplicidade também tem seu preço!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Lei Rouanet – Muitos Privilégios, Com Resultados Inúteis !

Ausência de politicas publicas criteriosas, privilégios à eventos culturais e artistas consagrados em detrimento a ampla e real necessidade da sociedade. Estas são algumas das principais e justas criticas a politica de concessão de benefícios fiscais praticado pelo Ministério da Cultura, através da lei de incentivo a cultura, conhecida como, Lei Rouanet. Qualquer incentivo à cultura é valido, necessário e verdadeiramente benéfico à sociedade, quando aplicado com critério, honestidade e política publica fundamentada. Este modelo de incentivo, deve ter a obvia função social de proporcionar conhecimento gratuito à uma parte abrangente da sociedade, com gestão e politicas de qualidade. Direcionando benefícios, à parcela da sociedade com dificuldades sócio econômicas de acesso a estas atividades. Países Europeus como França, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Suécia e Dinamarca, reconhecidos pela honestidade e competência na elaboração e gestão de recursos de politicas publicas de qualidade, deveriam servir de modelo quando se formula qualquer tipo de estratégia e planejamento neste sentido. Estes países são reconhecidos pela eficiência e resultados positivos obtidos nas áreas de saúde, educação e cultura. A maioria destes países, tem utilizado de forma exemplar o modelo de incentivo fiscal, como ferramente de suas politicas publicas, à cultura. Partem de politicas com critérios sérios e de encontro com o interesse suas coletividades. O modelo é simples! Procura definir o segmento e evento cultural de acordo com estudos e planejamento das carências de sua sociedade. O poder publico, direciona a empresas privadas interessadas no beneficio, qual o segmento e evento cultural esta dentro da politica planejada ou seja quais projetos tem a preferencia do estado para receber patrocínio via renuncia fiscal. Grupos, artistas e espetáculos profissionais normalmente não estão entre os contemplados com o incentivo fiscal. A estes, existem linhas de credito especificas, com taxas de juros reduzidas e prazos de pagamento estendidos. Esta parcela é tratada com diferenciação e carinho, mas também como industria, e como tal, tem obrigações, investimentos e riscos de mercado. No Brasil, com questionável politica publica para cultura, o modelo é inexplicavelmente, oposto. A empresa privada, se apresenta interessada em patrocinar um determinado espetáculo e o Ministério da Cultura, em comitê, avalia a possibilidade. Favorecendo, interesses de pequenos grupos privilegiados. Os eventos culturais, contemplados hoje e ontem pela Lei Roanet, em sua ampla maioria tem beneficiado não mais que 3% da população. Com outro agravante, estes 3%, consumiriam cultura, mesmo sem a lei de incentivo. O dinheiro publico, esta sendo mal direcionado e não tem alcançado como regra a quem realmente interessa. Pior! A Lei Roanet, tem servido de aporte de recursos “gratuitos” para produções profissionais. Dinheiro publico, via renuncia fiscal, utilizado para custear cultura privada, com arrecadação e lucro para produtores e artistas profissionais, muitos deles renomados. Não é a toa que esta parcela do circuito artístico profissional brasileiro, se desespera, quando alguem ousa falar em mudanças na politica de concessão destes benefícios. A exigência da lei, obrigando que parte dos lugares ou espetáculos seja oferecida gratuitamente, é o principal argumento de defesa, destes produtores e artistas profissionais. È verdade! Mas a lei, não estipula claramente, quem ou quais segmentos da sociedade devem ser os beneficiários destes lugares ou espetáculos gratuitos. Normalmente esta obrigação legal é utilizada de forma “esperta”. Por exemplo, em pré-estréias recheadas de glamour a convidados selecionados, como ferramenta de marketing institucional. Não existe nenhum compromisso social! Em resumo, não existe beneficio a ampla parcela da sociedade, somente a uma parcela que normalmente já contempla condições ao consumo de cultura. Lei de incentivo a cultura, originaria de renuncia fiscal, deveria patrocinar essencialmente, projetos de comprovada integração social, como o ”Galpão, Talentos da Vez”, localizado na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro. Este projeto, atualmente atende, mais de 600 crianças e adolescentes das varias regiões da cidade. Em sua maioria, pessoas carentes vindas dos mais diversos pontos da periferia. Oferece oficinas de teatro, dança, canto, circo e artes plasticas. Tem o mérito de proporcionar cultura a vida de crianças e adolescentes que provavelmente não teriam acesso. Alem de oferecer cultura, ainda apresenta os valores nela embutido como solidariedade, companheirismo, confiança e criatividade sem esquecer de mencionar, a virtude de colocar os participantes em atividades que os distanciam de criminosos, drogas e outras violências. Certamente tem potencial para formação de uma sociedade muito mais cidadã e com valores humanos muito mais respeitosos e coletivos. O Projeto, ainda lapida talentos, formando e especializando grupos artísticos amadores, alem de capacitação profissional para áreas ligadas a cultura. Tudo gratuitamente! Apoiado apenas em ajuda de parceiros e patrocínios de fundações, institutos culturais e empresas privadas. Porem, com participação mínima de recursos aplicados via incentivo fiscal se comparado a produções profissionais beneficiadas. Este modelo de projeto, deveria ser base para uma politica de incentivo á cultura, com verdadeira vocação para ser aplicada com sucesso em todo país. Provavelmente, com os mesmos recursos já aplicados em espetáculos e produções profissionais através da lei Roanet, um modelo como o Projeto Talentos da Vez, contemplaria uma parcela muito mais significativa que os atuais, 3 % da sociedade beneficiados. Projetos como este, se expandidos e integrados com o esporte, utilizando o ensino básico como fomentador, beneficiaria muito mais pessoas e com recursos muito próximos aos aplicados atualmente. Porem, de forma muito mais racional e potencialmente muito mais benéfica. O Ministério da Cultura, aos poucos tem procurado direcionar e apoiar projetos sociais com este foco. Um exemplo, é o projeto da Escola de Musica, José Acácio de Assis Costa, idealizado e mantido pela Prefeitura Municipal de Nova Lima-MG, que beneficia atualmente mais de 240 pessoas, na iniciação musical, distribuídos em mais de 20 cursos. Recebeu felizmente o apoio da lei de incentivo. Bastaria, o fim deste modelo de incentivo fiscal para produções e eventos profissionais, focando a Lei Roanet em investimentos de alcance sociais mais amplos. Uma politica publica conjunta de investimento publico direto e incentivos privados direcionados, via incentivos fiscais, planejadas com racionalidade e honestidade social, proporcionaria um futuro cidadão muito mais integrado e preparado. Um modelo publico/privado, realmente interessado na coletividade. Soluções simples como estas, tem que deixar de ser utopia e rapidamente ser implantadas. Não é difícil, depende apenas de vontade e capacidade politica. Talvez ai, esteja a raiz do problema!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

USP - Invasão Democrática ou Piada sem Graça?



A Reitoria da USP – Universidade de São Paulo, nega esclarecimentos à sociedade civil em especial a população do estado de São Paulo. Vale ressaltar a grande dificuldade em  obter-se de forma clara informações sobre como são aplicados os recursos obtidos em grande parte através de receitas provenientes do ICMS arrecado pelo Estado de São Paulo. A USP se fosse comparada a uma cidade seria a sétima maior arrecadação do Brasil, perdendo apenas para as cinco maiores capitais do Brasil mais São Bernardo do Campo/SP.  A Reitoria da USP a muito deve explicações sobre como, onde e quais os critérios de aplicação dos recursos da instituição. Seria curioso ouvir esclarecimentos da Reitoria sobre a real necessidade da instituição possuir em seus ativos, imóveis adquiridos em inúmeras regiões da cidade de São Paulo/SP sem nenhuma aparente, finalidade estrutural ou educacional para a USP. Claro que pode existir mesmo sendo uma possibilidade remota a boa intenção de um projeto ainda não revelado para estes locais e caso exista a população de São Paulo ficaria feliz em obter estas informações, nada mais justo.  Somente a titulo de exemplo, merece esclarecimentos, quais os benefícios à USP em ser proprietária de um terreno locado a uma empresa administradora de estacionamentos em uma das regiões mais cara do município de São Paulo, estaria a USP investindo no mercado imobiliário em busca de ganhos financeiros com a valorização dos imóveis e rentabilidade obtida através de locação? Estaria a Instituição publica de ensino atuando como investidora ou teriam estas aquisições motivação educacional mais nobre? Outras curiosidades, quais os critérios para investimento em pesquisa? A maior fatia dos investimentos em pesquisa tem beneficiado projetos de pessoas mais próximas a reitoria apesar de alguns deles serem de inexpressivos ganhos cientifico ou tecnológico em detrimento de outros como maior potencial cientifico ou tecnológico, alem de inúmeras denuncias de favorecimento em compras suspeitas de equipamentos entres outras estripulias. Porem parte dos alunos da USP, não conseguiu encontrar em nenhum destes questionamentos algo que os deixassem indignados. A estes alunos o que incomodou mesmo, foi o fato de três alunos flagrados consumindo maconha dentro da cidade universitária terem sido supostamente mau tratados pela Policia Militar. Alias o fato da Policia Militar estar fazendo ronda na cidade universitária é fruto de muita luta da sociedade civil paulistana realizada através de convenio firmado com a reitoria da USP.  È no mínimo lamentável que estes alunos tenham em nome da democracia invadido a reitoria da universidade, danificado patrimônio publico , agredindo quem se opusesse ao dito protesto e ainda tendo como principal bandeira a retirada da policia militar da cidade universitária. Isso parece até piada. Infelizmente foi sério ou pelo menos o prejuízo que estes ditos “alunos” deixaram para a instituição e por tabela para a população do estado de São Paulo foi realmente sério. Se este “democrático” grupo de alunos acha por bem liberar o uso da maconha, que tente obter este direito de forma democrática, através de passeatas, busca de comoção popular e até de apoio parlamentar neste sentido. Mas reivindicar a saída da policia militar do local, para que possam usufruir de um entorpecente que atualmente tem seu uso proibido por lei é no mínimo bizarro. Usar métodos de protesto vulgo democrático para este fim só pode ser piada de péssimo gosto. E ainda propor em “assembléia” chamar uma greve geral dos alunos da instituição como se representassem o pensamento da maioria dos alunos é no mínimo ridículo.   Se é este o novo  perfil político dos alunos da USP, só restará a população do Estado de São Paulo, rezar, porque dias cinzentos viram por ai.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Saúde Publica – Justificar é Fácil!



Na 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, foram definidas as bases e diretrizes para um novo modelo de saúde publica no Brasil. Durante a constituinte, as diretrizes sugeridas foram discutidas e enriquecidas por representantes da sociedade civil, profissionais da área, governo e parlamentares. O resultado de todos estes debates e sugestões, foi incorporado ao texto constitucional, promulgado de 1988. Nascia assim, o Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2010, o SUS, completou 22 anos, repleto de válidos elogios internacionais e justas críticas nacionais. O sistema foi criando, com a finalidade de permitir a todo cidadão, acesso gratuito à consultas, exames, tratamento adequado, estrutura hospitalar, cirurgias, medicamentos entre outros benefícios. Com justiça, tem sido reconhecido como modelo de serviço publico universal, à diversos países ao redor do mundo. Uma das principais virtude do sistema, é estar implementado em todas as regiões do país. Independente do excesso de criticas ou elogios, é correto ressaltar, que o SUS, é um modelo cidadão e visa o beneficio da maioria da sociedade. Proporciona serviço de saúde, à camada da sociedade que não possui renda per capita suficiente, para usufruir de tais benefícios de forma privada. Apesar das dificuldades, o SUS, tem obtido alguns sucessos pontuais, tais como, distribuição gratuita de medicamentos à população, realização de transplantes e cirurgias de alta complexidade. Porem, convive simultaneamente com graves problemas estruturais, como baixa qualidade e eficiência no atendimento básico, demora excessiva para agendar consultas, retornos, exames e cirurgias, devido a grande demanda de usuários, alem de possuir, sistema tecnológico de informações (TI), extremamente arcaico. Uma parcela significativa desta demanda, vem sendo ocasionada por ineficazes politicas, investimentos e gestões publicas em áreas como saneamento básico, segurança publica, transporte, educação, cultura e esporte. A união destes fatores, tem agregado grande demanda de pessoas ao sistema, proporcionando em inúmeros casos, pacientes morrendo em corredores de hospitais ou mesmo por falta de diagnostico, tratamento ou cirurgia, em tempo hábil. Não é raro, clamores de integrantes da sociedade cível, classe médica e outros profissionais ligados à saúde, por mais investimento e qualificação da infra estrutura, serviços e quadro profissional do sistema. Usando uma metáfora, o projeto é de qualidade, a base estrutural é bem firme, mas o “acabamento” é de qualidade inferior. È nítido, que a qualidade esta muito abaixo das principais instituições privadas do setor, com algumas raríssimas exceções. Todos os problemas detectados no SUS, podem e devem ser reparados. Basta vontade e verdadeira prioridade politica. Fundamentalmente, seria necessário apenas ética, moral, estudos bem elaborados, aplicação e gestão honesta de investimentos em qualificação, infra estrutura, equipamentos, tenologia e principalmente rígido controle sobre a qualidade do serviço prestado. Entretanto, nada é mais importante a um sistema de saúde, que pretende ser reconhecido pela sua qualidade, que o comprometimento de seu quadro de prestadores de serviço. Respeito ao cidadão, busca continua do bem estar e principalmente obsessão pela vida! Estes itens, devem ser o minimo esperado em qualquer profissional da saúde, em especial dos envolvidos no atendimento publico. Reclamar, de falta de investimento é correto, mas é simplificar demais o problema! Os profissionais do SUS, desde da atendente mais humilde até o mais qualificado cirurgião tem a obrigação minima de serem atenciosos e comprometidos com o bem estar e vida das pessoas atendidas. Independente da estrutura oferecida, qualificação profissional ou reconhecimento governamental. Obviamente, é valida, qualquer reclamação com relação a remuneração oferecida - muito abaixo das instituições privadas -, infra estrutura - muitas vezes deficitárias até em itens básicos como esparadrapo - e falta de auxilio em cursos e atualizações qualificatórias, para os profissionais da rede publica de saúde. Mas, nada justifica o desleixo e falta de postura ética e respeitosa, perante a sociedade usuária do sistema publico de saúde. È deprimente, verificar o volume de casos onde falta de educação, desleixo e falta de compromisso com o bem estar e muitas vezes com a vida dos usuários do sistema publico de saúde, é tratado como algo natural para uma parcela significativa dos profissionais envolvidos no SUS. Um caso que exemplifica bem este retrato, ocorreu no Hospital Estadual Leonor Mendes, na cidade de São Paulo/SP. Uma bebê, prematura de seis meses, foi dada como morta, logo após o parto realizado, no ultimo dia 2. Depois de passadas, quatro horas, sozinha na sala de cirurgia, foi descoberta viva, por uma faxineira, que estava ali para recolher o lixo cirúrgico. A faxineira, verificou que a bebê estava se mexendo. O parto ocorreu as 18h25, a criança foi achada pela funcionaria da limpeza as 22h30. Os médicos, já haviam dado à bebê, como morta! A família, já havia, providenciado documentação atestando a morte da criança. Em caso de natimortos, com até 500 gramas, o feto é descartado com o lixo hospitalar. Com esta finalidade, a faxineira foi ao local, providenciar a retirada do lixo hospitalar, entre eles o bebê dado como morto. Porem, o bebê, alem de estar vivo, tinha mais de 700 gramas. O caso deixa claro que, o hospital tinha recursos físicos para procedimento exigido, os médicos eram qualificados para realizar o parto, tanto que a criança sobreviveu mesmo abandonada quatro horas sozinha, quase na lata de lixo. Faltou simplesmente, compromisso com a vida e sobrou descaso. Infelizmente este não é um caso isolado de descaso médico. Reclamar de investimentos e governos é justo, mas, descaso, não tem argumento! Alguns profissionais da rede publica saúde, tem faltando com ética e respeito, à população. Não honram, o privilégio de serem médicos. Juntos, Médicos e educadores, formam os pilares mais importante de uma sociedade. O ser humano, necessita basicamente de duas coisas para obter sua sobrevivência com dignidade, conhecimento e saúde! Com estas duas “ferramentas” aplicadas de forma aceitável, é possível ao cidadão, ser capaz de trabalhar, obter conquistas pessoais e familiares, solucionar problemas de difícil resolução entre outras. Provavelmente, nem mesmo os profissionais destes setores da sociedade tem a real dimensão da importância de suas passagens pelas vidas das pessoas. Tudo o que somos e ainda poderemos ser, passa pelo conhecimento e serviços presados por estes profissionais. Para que o cidadão, consiga ter uma vida digna com bom rendimento financeiro, bem estar pessoal e familiar ele depende basicamente de sua saúde e de seus conhecimentos adquiridos. Estes passos são fundamentais para qualquer pessoa. A base para o sucesso ou fracasso na vida, passa por estes dois fatores, é fato! Até mesmo nós, em nosso dia a dia atribulado, muitas vezes não lembramos ou não reconhecemos a importância deste fato. Profissionais das áreas de educação e saúde com desleixo, deveriam imediatamente sair em busca de outras profissões ou oportunidades. Estes profissionais, possuem em suas decisões e procedimento, muitas vezes o futuro e até mesmo a existência de pessoas! Isso é importante e valioso demais! Não pode ser aceitável e nem conter justificativas, o descaso destes profissionais usando como argumento, falta de estimulo. È valido a luta por melhores condições, seja de rendimento ou infra estrutura mas, a sociedade não pode e nem merece pagar com suas vidas devido a falta estimulo de alguns profissionais, recheados de descaso ou de mau com a vida. Profissionais de saúde, com este tipo de postura, não podem e não tem o direito de reclamar de falta de reconhecimento ou respeito. Falta de estimulo, não é justificativa para grosseiro erro médico, causado por descaso e falta de respeita a vida. Essas justificativa, tem servido para tudo, até para falta de comparecimento ao trabalho. O serviço medico, prestado por estas pessoas vai muito alem do essencial. Não pode ser tratado e nem aceito como algo comum ou comparado a outras categorias profissionais. Deve existir, no minimo respeito ao bem estar e a vida, ao caráter profissional destas pessoas. Jogar somente no governo, a responsabilidade pelos problemas da saúde, é fácil! Nenhum sistema de saúde, vai dar certo com esse tipo de desrespeito e descaso, de servidores da saúde, por mais qualificada que seja um dia a infra estrutura, gestão e investimentos.

domingo, 29 de agosto de 2010

Eleições - Marketing ou Engodo?


As eleições deste ano parecem seguir o roteiro das anteriores. Os principais candidatos aos governos estaduais e federal, evidenciam que o velho engodo da citação de números de “suas obras” e “feitos” como argumento, continua a ser a linha do marketing politico moderno. Citar quantas novas escolas, universidades, hospitais, mutirões e etc... cada candidato ou governo realizou esta novamente na preferencia da pauta de marketing desta campanha. Todos na tentativa de mostrar “eficiência” administrativa. Este modelo que deveria à muito estar ultrapassado continua moderno e segue no debate, mesmo comprovadamente levado o Brasil à índices dignos de dó em relação à qualidade dos serviços publico oferecidos a população. Basta observar qualquer estudo ou avaliação séria, o vergonhoso índice da qualidade oferecida pelos mais diversos serviços publico. Interessante como é quase impossível algum dos candidatos mostrar estudos sérios comprovando a satisfação da população com os serviços prestados pelos seu governo. No máximo testemunhos colhidos sabe-se lá como, pela equipe de marqueteiros para demonstrar a “satisfação do cidadão”. Exemplos como, novos prédios públicos, tem sido igual a aumento no serviço de qualidade duvidosa. A rede publica brasileira é sinonimo de falta de qualidade, serviços burocráticos e improdutivos, servindo apenas de ferramenta para marqueteiro e candidato incompetente. Este modelo de debate politico levou o cidadão eleitor a vexatória situação de ser submetido a questionável qualidade prestada pelos serviços público em quase todas as principais esferas. Pode-se citar somente a título de exemplo setores essenciais como educação, saúde, saneamento básico e transportes de todas as cidades brasileira pelo grau de satisfação do usuário do serviço publico prestado. Apesar dos resultados desastrosos no dia a dia do cidadão eleitor e seus familiares, estamos ouvindo novamente o inútil debate de quantas escolas este ou aquele governo fez a mais em relação aos anteriores e etc.. Não importa se o governo A ou B construiu mais ou menos escolas,hospitais etc.. o principal foco do debate deveria ser a qualidade da infra estrutura e dos serviços prestados, como ela esta atualmente e como estará no futuro. Houve melhora na qualidade dos vários serviços oferecidos? Esta é a resposta que o cidadão quer! Não interessa que tantas novas unidades deste ou daquele serviço seja inaugurada se as antigas encontram-se em estado de abandono absoluto, tanto na infra estrutura como na qualidade oferecida sem esquecer de mencionar o risco de vida para professores, médicos e outros servidores em algumas destas unidades publicas. Mais importante que o volume de novas unidades, os candidatos deveriam buscar propostas verdadeiras para solucionar de forma racional os inúmeros problemas da rede publica. O debate seria muito mais amplo e principalmente útil se a abordagem for feita sobre como melhorar o estado e qualidade do que já existe, seria muito mais importante e útil concertar e atualizar o que já esta acontecendo, expandir rede seja de ensino, saúde etc.. é ótimo para foto e campanha de marketing, mas não resolve o problema, cria apenas mais um entulho publico sem finalidade pratica para a população. Apenas a extensão de mais serviço publico sucateado e com qualidade reprovável. Quanto maior o volume de poeira fica claro o tamanho da sujeira! O eleitor tem que tentar fugir deste tipo de argumento! O Brasil necessita exigir propostas para soluções praticas do que já esta ai! Com a estrutura e o serviço prestado funcionando com qualidade, pode e deve ser discutida expansões de serviços no futuro. Expandir qualquer rede publica de qualidade duvidosa como vem ocorrendo é somente expandir incompetência com aparência de coisa nova.

domingo, 8 de agosto de 2010

Educação – Necessidade Obvia de Qualidade Comprovada!

No inicio dos anos 90, havia como hoje, um debate claro sobre pontos críticos, na educação básica brasileira. Já era consenso, que a educação básica, oferecida nas escolas publicas não continha qualidade. Problemas, como falta de investimento em qualificação profissional, corpo docente com remuneração deficitária, estrutura física debilitada e principalmente modelo de ensino fracassado já estavam detectados. Estudos do IBGE, mostravam que havia grande parcela de alunos desistindo da escola, motivados por suas continuas repetências. Principalmente nos primeiros anos do antigo primeiro grau. Alunos, repetiam até quatro vezes a primeira série básica! De posse destas informações, capitaneadas pelo Senador, Darcy Ribeiro (PDT-RJ), admirado e reconhecido por intelectuais e educadores por sua seriedade e, acompanhadas de perto pelo Ministro da Educação (MEC), Paulo Renato (PSDB-SP), foi aprovada no Congresso Nacional, em 1996, após mais de dezesseis anos de debates, à Lei de Diretrizes e Bases Para Educação (LDB). Darcy Ribeiro, como relator, foi considerado o “pai” e principal personagem da lei. A LDB, instituiu pontos interessantes! Faixa percentual orçamentaria obrigatória para investimentos em educação nas diversas esferas de governos executivos, currículo básico padronizado, carga horaria minima, exigências claras de qualificação minima para corpo docente, critérios para analise de resultados, entre ouras. Ao depararem, com o estudo do IBGE, sobre evasão educacional, principalmente na fase básica de ensino, a solução encontrada na LDB, foi á Promoção Continuada. A defesa da estratégia, estava baseada na necessidade do aluno, ter mais tempo para aprender. Reconhecendo, mas não combatendo a qualidade de ensino, muito abaixo das espectativas. Crianças, reprovadas na mesma série, quatro vezes, já demonstrava claramente que o problema, não era o aluno. Como já era previsível, o resultado foi catastrófico. Os estudantes brasileiros, hoje com relação a seus conhecimentos necessários, estão entre os mais desqualificados do planeta. Alguns, semi-analfabetos, completam o ensino básico, com direito a certificado de conclusão, reconhecido pelo MEC. O modelo adotado, seria comparável a um médico passar apenas analgésicos à seu paciente, após analisar seu exame clinico que claramente demonstra, doença grave e necessidade de tratamento urgente. Vai amenizar a dor aparente, mas vai matar o paciente a médio prazo. Porem, no lugar do atestado de óbito, que poderia demonstrar sua incompetência, o médico passa atestado de saúde ao paciente! O problema da educação básica brasileira, ontem e hoje é o mesmo. Falta de qualidade devido à excesso de modelos experimentais e intervenções inadequadas de pessoas nada capacitadas ou extremamente teóricas para equacionar e solucionar problemas. Sem esquecer de mencionar, o uso indevido e distorcido da educação no marketing politico, pela classe politica. Atualmente, apresentar prédios novos ou projetos grandiosos é sinonimo de investimento e gestão eficiente em educação! Qualidade de ensino, parece que não proporciona votos! Alias deste da implantação do modelo chamado do CIEPS, no Estado do Rio de Janeiro - também obra realizada por teoria e pratica de Darcy Ribeiro, quando Secretario de Educação e Cultura do estado - este tipo de artificio politico é habitual. Muita teoria bonita e grandiosa, com poucos ou nenhum resultado qualificado para à sociedade. O importante não é o excesso de serviços que uma unidade educacional tem a oferecer, mas sim, a eficiência e qualidade oferecida . Não adianta montar um modelo grandioso, com inúmeros serviços, quando nenhum deles proporciona resultados com qualidade. Existem até mesmo, Deputados, aprovando lei obrigando a inclusão de matérias nas grades curriculares, de escolas publicas. No Brasil, temos dois hábitos que estão levando a sociedade ao caos. O primeiro, procurar soluções, não para resolver o problema, mas para aparentar qualidade e eficiência, apenas, “analgésico”. O segundo, adoramos teoria experimentais das mais diversas, transformando a sociedade em ratos de laboratórios para estas esdruxulas teorias, para saciar vaidades pessoais de intelectuais da moda. Alias a LDB, estimulou muito este tipo de pratica. Desde o inicio dos anos 90, já teria sido muito mais inteligente, procurar primeiro implantar modelos educacionais de sucesso irrefutável no mundo e depois aos poucos adaptar experiencias teóricas de forma pontual. Modelos de sucesso, como dos países escandinavos, reconhecido pelo seu padrão de eficiência e qualidade, sempre utilizando a simplicidade porem, abrangentes em beneficio de suas sociedades, com burocrática simplificada e muita rigidez na fiscalização e cobrança de resultados. Bastaria beber nas aguas de modelos de ensino, oferecidos com sucesso por estes países escandinavos à suas sociedades. O investimento, prioritário em educação de qualidade, foi já nos anos 50 à base para o modelo de desenvolvimento e sobrevivência econômica encontrada pelos governos escandinavos, como meta fundamental para o futuro destes países. Investir em educação e conhecimento de sua sociedade com formato simples e honesto, sem experimentalismos baratos, realizado de forma séria com a finalidade objetiva de colher resultados! Desta politica os frutos sociais, econômicos e tecnológicos destes países, podem ser facilmente detectados. No setor de telefonia, automobilístico e Tecnologia da Informação (TI) somente como exemplo, são reconhecidos como modelos a serem seguidos. Na questão social, os setores públicos de saúde, cultura e educação estão entre os melhores e mais qualificados do mundo. A economia é forte, estão entre os maiores exportadores de tecnologia, produtos e serviços de alto valor agregado aos diversos pontos do planetas. Tudo fruto de um trabalha sério e honesto realizado, visando a qualidade e especialização de suas sociedades. Para que o Brasil, construa um modelo de educação de qualidade, não seria necessário um conselho de intelectuais e suas experiencias teóricas. Necessitamos que um modelo de reconhecido sucesso, seja implantado com urgência. Copiar literalmente, o sucesso mesmo! Após construirmos uma base solida de qualidade, podemos implementar algumas experiencias pontuais. Primeiro, temos que criar uma estrutura de qualidade. Admitir nosso fracasso, entender que copiar o melhor é a solução, sem duvida é o inicio para a construção de um modelo muito mais eficiente. Refazer a LDB, é necessário e urgente. Educação não pode ser tratada por idealismos ou teoria pedagógicas baseadas em opiniões de intelectuais e políticos de direita ou esquerda, como na época da formulação da LDB. Este tipo de procedimento, leva a este estado de coisas em que a educação brasileira esta atolada. A sociedade tem o dever de entrar no debate, já que nosso representantes eleitos, parecem estar ocupados demais com seus próprios interesses pessoais. Não podemos deixar somente na mão de intelectuais e políticos a decisão sobre o modelo e qualidade necessários para a educação de nossa sociedade. Este tipo de procedimento e confiança, já se mostrou um erro. Não temos que repensar nada, mas sim implantar modelos que já demostraram sua eficiência. O próprio Brasil, já teve modelos de ensino muito mais qualificado. Basta um simples teste de comparação, entre alunos formados na rede publica, até o final dos anos 70 e alunos formados, á partir dos anos 90, Sera facilmente detectável qual destes grupos tem maior conhecimento teórico e se mantem atualizados em assuntos gerais. O excesso de experiencias e teorias pedagógicas estão arruinando a educação brasileira. Precisamos de um modelo comprovadamente solido e eficiente de educação, não de experiencias pedagógicas com o objetivo de virar escada para vaidades e interesses pessoais.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Barack Obama – Presidente ou Novo Messias?


Impressiona o detalhamento e espaço generoso, na mídia brasileira, referente a tudo que envolve o novo governo dos EUA. Em especial, salta aos olhos, o deslumbramento de políticos e principalmente da imprensa brasileira pelo novo presidente, Barack Obama, e sua equipe de governo. A cada nomeação de integrantes do novo governo americano, imediatamente, era fomentado um longo debate entre formadores de opinião, de varias mídias brasileira, com a finalidade de detalhar e analisar características, perfil pessoal, politico, entre outras dos novos integrantes recém nomeados da equipe do governo americano. È possível, com uma simples pesquisa no google, obter informações através de mídias brasileiras, sobre integrantes do novo governo norte americano, com riqueza de detalhes, incomum aos similares nacionais. Nunca a nomeações de presidentes de estatais, agencias reguladoras, banco central, ou ministros de estado brasileiro, mereceu analises igualmente ricas em detalhes com relação ao perfil pessoal, profissional e politico. Aqui no máximo, a indicação é questionada quando o escolhido, tem algum tipo de processo de corrupção ou paira alguma denuncia. Com sorte o cidadão brasileiro, consegue informações resumidas sobre a carreira politica, empresarial e formação acadêmica. Tendo ficha limpa, pouco importa se o indicado é competente para o cargo nomeado, quais seus interesses, características politicas e pessoais. Exemplos deste fatos, são rotineiros! Já tivemos, Renan Calheiros, como Ministro da Justiça! È muito compreensível o entusiamo do povo norte americano. Afinal, o ineditismo e quebra de um conservadorismo histórico, foi alcançado com a eleição de Barack Obama. O EUA, atravessa um momento delicado e o novo presidente representa um novo e justo sopro de esperança, para a sociedade norte americana. Mas, o excesso de entusiasmo de políticos , analistas e mídias brasileira chega a ser incompreensível. Parece algo de gente frustrada com sua própria identidade. Cobrir o fato é absolutamente normal, principalmente por se tratar do presidente da maior potencia global. Mas, debater, respirar e vivenciar como se fosse participante ativo, é postura absolutamente irracional das principais mídias, analistas e políticos brasileiro! A impressão de um simples cidadão brasileiro, ao acompanhar o êxtase e entusiasmo dos vários políticos e analistas na mídia brasileira, é que se trata de algo muito mais importante para o futuro dos brasileiros, saber e acompanhar o pensamento e perfil de Barack Obama, e sua equipe de trabalho, que qualquer politica ou integrante direto do governo brasileiro. A coisa esta colocada, como se nosso futuro, dependa única e exclusivamente das decisões adotas pelo novo governo norte americano que se instala. As decisões por aqui, seriam apenas um complemento das diretrizes adotadas pelo novo guia americano. Barack Obama, como presidente dos EUA, parece ter mexido demais com as emoções de renomados analistas brasileiros. Renovados em suas esperanças de um Brasil e mundo melhores, através da figura do novo mandatário da principal economia do planeta. Ao novo governo americano, políticos e analistas brasileiros tem creditado suas esperanças, em quase tudo. Questões das mais variadas, tais como crise econômica global, soluções para os conflitos no oriente médio, solução de problemas ambientais, esperança de tratados comerciais com perfis mais justos com os países da América Latina entre outras. O novo presidente dos EUA, Barack Obama, chega ao poder com espectativas dos analistas brasileiros, digna de um novo “messias”. Porem, provavelmente ocorrera o obvio. Barack Obama, vai se preocupar primeiro, com seus inúmeros problemas internos. Deve atacar de frente, os problemas americanos causadores de recessão como falta de liquidez de empresas e pessoas com conseqüente crescimento do desemprego entre os norte americanos. Medidas protecionistas de mercado, devem ocorrer com esta finalidade. Primeiro, o novo presidente americano, vai olhar de forma correta para o próprio “umbigo”, somente quando à “casa” estiver ajeitada, ira dar uma reparada, no que esta ocorrendo ao redor do planeta. Mesmo assim, com olhos voltados para os interesses do povo americano. Como é característico de qualquer presidente eleito, comprometido com a solução dos problemas de sua sociedade, que afinal, foi quem o elegeu. O perigo deste encantamento brasileiro, esta na propagação da falsas espectativas. Esta sendo vendida a ilusão, que Barack Obama, sera o presidente americano, voltado para os interesses do mundo globalizado. Com medidas que de forma direta e rápida poderá beneficiar as varias questões e conflitos ao redor do planeta em especial as que estão afetando à economia mundial. Algo que não é verdade! Qualquer decisão do novo governo americano, por mais sucesso que possa obter, ira demandar um bom tempo para refletir em beneficio para qualquer nação do mundo. È muito mais sadio e importante, primeiro olharmos com mais carinho para nossas necessidades. O fato, de o conservador povo americano ter eleito um negro para seu presidente é uma inovação elogiável e única, mas isso não quer dizer que Barack Obama, conseguira romper com a histórica e tradicional postura norte americana em defesa concreta de seus interesses e convicções acima de qualquer outra ideologia. Barack Obama, no máximo ira quebrar paradigmas, que até mesmo a sociedade americana já esta convencida, e que poderia ser realizada através de qualquer outro presidente com boa vontade. Provavelmente durante seu mandato o embargo econômico a Cuba chegará ao fim, tentará sem mexer diretamente com os interesses de Israel, mediar soluções visando a paz no oriente médio, aos poucos deve retirar os soldados americanos do Iraque, tentara fechar à base militar em Cuba mas, provavelmente conseguira no máximo que os presos lá instalados não passem por torturas, assinará alguns poucos itens referentes a proteção do meio ambiente antes negados e deve propor debates intermináveis em questões ambientais de pouco interesse aos EUA. Com relação a América Latina, continuará a forçar acordos bilaterais, com o mesmo favorecimento pró-América de sempre, com o intuito de enfraquecer blocos econômicos, como o Mercosul, mas agora com uma “aura” diferente. Graças ao desastroso e ultraconservador, governo, George W Buch, será com certeza favorecido no contexto de melhoria da imagem do país. Com relação a grandes mudanças globais e salvação econômica, isso é utopia. Devíamos estar preocupados com nossa realidade, buscando soluções internas. Debatendo e pressionando de forma intensa o governo brasileiro, por medidas urgentes e necessárias como racional custeio da maquina publica, investimento honesto em infra estrutura, incentivo a linhas de credito à empresas e pessoas, corte de taxas fiscais e principalmente promover o crescimento e importância do mercado interno para a economia brasileira, visando uma politica industrial e comercial favorável ao todo da sociedade e não somente a alguns “escolhidos”, algo que tem sido pratica comum no Brasil. È indispensável que a iniciativa privada, classe trabalhadora e governos federal e estaduais, rapidamente busquem soluções praticas, sem demagogia, discurso vazio, vaidades e interesses menores. O fim completo do imposto compulsório, seria uma medida fantástica para o aumento no volume de recursos em circulação na economia, como meio de financiamentos e investimentos por intermédio de instituições financeiras. O governo, principalmente através do banco central, tem tomado medidas inteligentes. Porem, vem mantendo uma estranha postura conservadora com relação a juros e aumento na demanda de dinheiro novo para circulação na economia já carente de financiamento. Pode ser rapidamente obtida, repito com o fim do imposto compulsório. Através da liberação e posterior transferência destes recursos já depositados pelas instituições financeiras, no Banco Central, para a economia formal. O trauma da inflação, é argumento quase nulo, devido a recessão mundial em curso. O medo de inflação, demonstrado pelo governo e especialmente pelo conservador Banco Central brasileiro, esse sim, pode atrapalhar o futuro do país de forma violenta. Outra porta de debates interessante, que nossa mídia, poderia ajudar a fomentar, seria o questionamento veemente de nomeações de pessoas sem o minimo perfil necessário, para os cargos aos quais foram indicados. Exemplos dos mais diversos estão em todas as áreas do atual governo. Como ilustração basta citar dois casos. No Ministério da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), tem utilizado o cargo, muito mais para seus interesses pessoaias e ambições políticas no estado da Bahia. Deixando de lado os interesses do país. Um exemplo deste fato, é a aplicação de somente 2%, do orçamento aprovado para contenção de enchentes. O resultado deste descaso, falta de competência e comprometimento publico pode ser visto nas recentes enchentes em Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro com enormes prejuízos financeiros, sociais e de vidas causados pelo pouco empenho em executar o orçamento. No Ministério de Minas e Energia, Edson Lobão (PMDB-MA), tem sido muito mais um porta voz incompetente das decisões adotadas pelo governo, sem sua participação ou influencia. Restou ao ministro, a função de anunciar as decisões tomadas. Porem, como ele somente transmite o recado, de vez em quando, é obrigado a desmentir o comunicado anterior realizado por ele mesmo, porque alguem decidiu mudar por qualquer motivação que o ministro, provavelmente desconhece! Esta no cargo, muito mais interessado em se manter na mídia para sua candidatura a governador do Maranhão. O país, necessita de governos sérios, com gestores competentes em postos administrativos em lugar de políticos oportunistas, mas também precisa de uma mídia antenada nos problemas e soluções globais porem, sensata e menos deslumbrada com a “casa” dos outros. Focadas nos problemas internos! Com cobranças interessadas na busca da resolução dos problemas locais de forma honesta, competente e clara. Precisamos dar um basta nos deslumbramentos, vaidades, interesses pessoais e políticos .

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Segurança Publica – Descaso Revoltante!


O jornal, O Estado de São Paulo, publicou em dezembro (29), alguns pontos do estudo realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GECEP). Estudo completo, foi divulgado no site, Consultor Jurídico. O grupo, foi criado pelo Ministério Publico do Estado de São Paulo, para apurar irregularidades cometidas pela Policia Civil de São Paulo. O documento do GECEP, demonstra de forma detalhada, o abuso praticado pela Policia Civil de São Paulo, com relação a pratica de “investigações” utilizando escutas telefônicas. O documento, demonstra que, ao pedir autorização judicial para escutas telefônicas, delegados enganam o judiciário, fundamentando petições com informações falsas ou incompletas. Alem disso, ainda utilizam as chamadas “Senhas Genéricas”, concedidas pelo Departamento de Inquéritos Policiais e Corregedoria da Policia Judiciaria (DIPO), para conseguir acesso a telefones de empresas e pessoas que não foram incluídas nas solicitações a justiça. Demonstra também, que a Policia Civil, não utiliza costumeiramente a pratica da investigação física na apuração de inquéritos. A preferencia é pela apelidada “investigação sentada” baseada em escutas telefônicas, muitas delas abertamente elaboradas de maneira irregular, sem fundamentação legal. È de conhecimento publico, que parcela significativa destas escutas é utilizada para obtenção resultados privados, nada nobres. Muitas delas são usadas para que policias abusem de extorsões e outras modalidades criminosas. Existe em mais este caso de abuso de escutas telefônicas, questionamentos a fazer. Por que, o judiciário concede com tanta facilidade autorização para escutas telefônicas, apesar de petições no minimo sofríveis em suas fundamentações? Outra questão pendente, Já que é sabido que as varias instituições policiais tem atuado rotineiramente de forma irregular, por que não existe punições exemplares, não somente aos envolvidos, mas para todo o comando destas instituições? Basta lembrar, que esta pratica abusiva, normalmente conta com a omissão ou até mesmo conivência dos poderes executivo e judiciário, é pratica comum não somente na Policia Civil. As instituições policiais em todas as esferas, tem corporação com caráter, métodos e capacidade questionável! Não é raro o envolvimento de policiais em crimes, gangues de criminosos ou em procedimentos praticados que demonstram toda falta de preparo moral, profissional sem falar excessos no abuso de poder. A utilização de investigações para obtenção de ganhos pessoais é de conhecimento publico. A inúmeros relatos de abuso, descaso e até tortura dentro de delegacias. Quem tenta se opor a esta gente, muitas vezes é assassinada impunemente! A parcela de integrantes de boa idoneidade das instituições policiais, parecem cada vez mais reduzidas e acuadas. A face publica das instituições Policias, hoje consegue ser pior em conceito que qualquer outra instituição no Brasil. Apesar da forte concorrência! Apenas uma parcela da Policia Federal, goza do respeito da população e mesmo esta tem realizado um “esforço enorme” para perde-la. A sociedade tem muito mais medo, que confiança nestas instituições. O quadro das instituições policiais esta visivelmente contaminado por corrupção, preparo medonho, falta de compromisso com a sociedade, métodos abusivos entre outros adjetivos. O repertorio de irregularidades, abuso, caráter duvidoso e capacidade questionável de qualquer instituição policial brasileira salta aos olhos da sociedade, que esta acuada! Existe o real perigo da população, não conseguir mais diferenciar bandido ou policia, esta virando uma loucura o nível de podridão. Perto destas instituições, os duvidosos políticos deste país, são anjos! Embora, integrantes das chamadas milicias de policiais - uma versão “policial”, de facção criminosa organizada - esteja obtendo sucesso em eleições legislativas. Demonstrando a conivência com este tipo de gente por parte da sociedade! Ajudando a colaborar com a manutenção de uma policia violenta, sem bons valores humanos em suas ações em parte significativa de seu contingente. Existe, até em alguns ditos “policiais”, um certo prazer mórbido em amedrontar as pessoas. Isso pode ser visto na forma como a Policia aborda “suspeitos” a base de tiro para matar. Sem dó ou critério, tratando a vida como um lixo descartável, muita gente de bem, tem sido vitima da policia! A falta de preparo é obvia, em ações especificas. O exemplo da morte da adolescente seqüestrada em Santo André/SP, pelo namorado por dias, com direito a refém liberada que volta com autorização da Policia para o cativeiro já é para colocar a Policia, Comandante responsável, Secretario de Segurança e Governador contra a parede, mas nada supera a horrenda e péssima condução na invasão sem critério do cativeiro, resultando em morte e lesão aos reféns! È o mais cristalino exemplo de despreparo, da Policia. O Governador de São Paulo, sempre omisso, quando confrontado com problemas de repercussão publica sob seu colo, parecia mais um espectador distante do fato. Mesmo após o trágico desfecho proporcionado pela Policia Militar de São Paulo! Estava mais preocupado em se distanciar do ocorrido, procurando preservar, sua imagem de gestor publico eficiente. O poder executivo é absolutamente conivente com tudo. Pratica a arte de colocar panos quentes ou pasmem! Se colocando como espectador indignado! Os governadores de São Paulo e Rio de Janeiro, já estão virando mestres nesta arte! Atitudes comandadas pelo marketing politico, tem sido a principal “arma” utilizada para disfarçar a incompetência e omissão destes senhores. Em janeiro de 2007, governadores da região sudeste, reuniam-se para juntos buscarem soluções para à segurança publica. Na ocasião, a principal motivação para esta busca conjunta era a explosão de violência que a cidade do Rio de Janeiro, vinha sofrendo. Violência, organizada e ordenada por lideres de facções criminosas encarcerados em presídios de segurança máxima. São Paulo, também já havia passado por algo semelhante em maio de 2006. O caso repercutia na mídia, expunha anos de descaso, omissão e incompetência com a segurança publica em todas instituições e administrações publicas ao longo de décadas. Como de habito nestas circunstancias, autoridades publicas, neste caso os governadores da região sudeste, promoveram com direito a muito marketing, a dita reunião, com a clara finalidade de passar a impressão que providencias seriam tomadas. Como sempre em casos envolvendo repercussão na mídia o governo federal, anunciava liberação de verbas extraordinária destinadas a questão. Cada Governador, a seu estilo procuravam minimizar suas responsabilidades e passar o problema para o colo de seus antecessores e governo federal! Na ocasião, uma das principais “medidas” anunciadas, era a introdução de reuniões periódicas entre os representantes dos estados visando um plano conjunto para melhor troca de informações e busca de soluções. Tudo muito bonito, mas como podemos perceber, de resultado nulo. A sociedade tem que rediscutir as características e atuação destas instituições policiais de forma seria e honesta. Quem não tem inidoneidade moral que seja afastado. Do mais alto posto até o mais simples servidor. Mesmo que isso signifique, refazer completamente estas instituições. A Segurança Publica, no formato atual, já fracassou! A situação já passou dos limites, é revoltante!