domingo, 29 de agosto de 2010

Eleições - Marketing ou Engodo?


As eleições deste ano parecem seguir o roteiro das anteriores. Os principais candidatos aos governos estaduais e federal, evidenciam que o velho engodo da citação de números de “suas obras” e “feitos” como argumento, continua a ser a linha do marketing politico moderno. Citar quantas novas escolas, universidades, hospitais, mutirões e etc... cada candidato ou governo realizou esta novamente na preferencia da pauta de marketing desta campanha. Todos na tentativa de mostrar “eficiência” administrativa. Este modelo que deveria à muito estar ultrapassado continua moderno e segue no debate, mesmo comprovadamente levado o Brasil à índices dignos de dó em relação à qualidade dos serviços publico oferecidos a população. Basta observar qualquer estudo ou avaliação séria, o vergonhoso índice da qualidade oferecida pelos mais diversos serviços publico. Interessante como é quase impossível algum dos candidatos mostrar estudos sérios comprovando a satisfação da população com os serviços prestados pelos seu governo. No máximo testemunhos colhidos sabe-se lá como, pela equipe de marqueteiros para demonstrar a “satisfação do cidadão”. Exemplos como, novos prédios públicos, tem sido igual a aumento no serviço de qualidade duvidosa. A rede publica brasileira é sinonimo de falta de qualidade, serviços burocráticos e improdutivos, servindo apenas de ferramenta para marqueteiro e candidato incompetente. Este modelo de debate politico levou o cidadão eleitor a vexatória situação de ser submetido a questionável qualidade prestada pelos serviços público em quase todas as principais esferas. Pode-se citar somente a título de exemplo setores essenciais como educação, saúde, saneamento básico e transportes de todas as cidades brasileira pelo grau de satisfação do usuário do serviço publico prestado. Apesar dos resultados desastrosos no dia a dia do cidadão eleitor e seus familiares, estamos ouvindo novamente o inútil debate de quantas escolas este ou aquele governo fez a mais em relação aos anteriores e etc.. Não importa se o governo A ou B construiu mais ou menos escolas,hospitais etc.. o principal foco do debate deveria ser a qualidade da infra estrutura e dos serviços prestados, como ela esta atualmente e como estará no futuro. Houve melhora na qualidade dos vários serviços oferecidos? Esta é a resposta que o cidadão quer! Não interessa que tantas novas unidades deste ou daquele serviço seja inaugurada se as antigas encontram-se em estado de abandono absoluto, tanto na infra estrutura como na qualidade oferecida sem esquecer de mencionar o risco de vida para professores, médicos e outros servidores em algumas destas unidades publicas. Mais importante que o volume de novas unidades, os candidatos deveriam buscar propostas verdadeiras para solucionar de forma racional os inúmeros problemas da rede publica. O debate seria muito mais amplo e principalmente útil se a abordagem for feita sobre como melhorar o estado e qualidade do que já existe, seria muito mais importante e útil concertar e atualizar o que já esta acontecendo, expandir rede seja de ensino, saúde etc.. é ótimo para foto e campanha de marketing, mas não resolve o problema, cria apenas mais um entulho publico sem finalidade pratica para a população. Apenas a extensão de mais serviço publico sucateado e com qualidade reprovável. Quanto maior o volume de poeira fica claro o tamanho da sujeira! O eleitor tem que tentar fugir deste tipo de argumento! O Brasil necessita exigir propostas para soluções praticas do que já esta ai! Com a estrutura e o serviço prestado funcionando com qualidade, pode e deve ser discutida expansões de serviços no futuro. Expandir qualquer rede publica de qualidade duvidosa como vem ocorrendo é somente expandir incompetência com aparência de coisa nova.