quarta-feira, 9 de novembro de 2011

USP - Invasão Democrática ou Piada sem Graça?



A Reitoria da USP – Universidade de São Paulo, nega esclarecimentos à sociedade civil em especial a população do estado de São Paulo. Vale ressaltar a grande dificuldade em  obter-se de forma clara informações sobre como são aplicados os recursos obtidos em grande parte através de receitas provenientes do ICMS arrecado pelo Estado de São Paulo. A USP se fosse comparada a uma cidade seria a sétima maior arrecadação do Brasil, perdendo apenas para as cinco maiores capitais do Brasil mais São Bernardo do Campo/SP.  A Reitoria da USP a muito deve explicações sobre como, onde e quais os critérios de aplicação dos recursos da instituição. Seria curioso ouvir esclarecimentos da Reitoria sobre a real necessidade da instituição possuir em seus ativos, imóveis adquiridos em inúmeras regiões da cidade de São Paulo/SP sem nenhuma aparente, finalidade estrutural ou educacional para a USP. Claro que pode existir mesmo sendo uma possibilidade remota a boa intenção de um projeto ainda não revelado para estes locais e caso exista a população de São Paulo ficaria feliz em obter estas informações, nada mais justo.  Somente a titulo de exemplo, merece esclarecimentos, quais os benefícios à USP em ser proprietária de um terreno locado a uma empresa administradora de estacionamentos em uma das regiões mais cara do município de São Paulo, estaria a USP investindo no mercado imobiliário em busca de ganhos financeiros com a valorização dos imóveis e rentabilidade obtida através de locação? Estaria a Instituição publica de ensino atuando como investidora ou teriam estas aquisições motivação educacional mais nobre? Outras curiosidades, quais os critérios para investimento em pesquisa? A maior fatia dos investimentos em pesquisa tem beneficiado projetos de pessoas mais próximas a reitoria apesar de alguns deles serem de inexpressivos ganhos cientifico ou tecnológico em detrimento de outros como maior potencial cientifico ou tecnológico, alem de inúmeras denuncias de favorecimento em compras suspeitas de equipamentos entres outras estripulias. Porem parte dos alunos da USP, não conseguiu encontrar em nenhum destes questionamentos algo que os deixassem indignados. A estes alunos o que incomodou mesmo, foi o fato de três alunos flagrados consumindo maconha dentro da cidade universitária terem sido supostamente mau tratados pela Policia Militar. Alias o fato da Policia Militar estar fazendo ronda na cidade universitária é fruto de muita luta da sociedade civil paulistana realizada através de convenio firmado com a reitoria da USP.  È no mínimo lamentável que estes alunos tenham em nome da democracia invadido a reitoria da universidade, danificado patrimônio publico , agredindo quem se opusesse ao dito protesto e ainda tendo como principal bandeira a retirada da policia militar da cidade universitária. Isso parece até piada. Infelizmente foi sério ou pelo menos o prejuízo que estes ditos “alunos” deixaram para a instituição e por tabela para a população do estado de São Paulo foi realmente sério. Se este “democrático” grupo de alunos acha por bem liberar o uso da maconha, que tente obter este direito de forma democrática, através de passeatas, busca de comoção popular e até de apoio parlamentar neste sentido. Mas reivindicar a saída da policia militar do local, para que possam usufruir de um entorpecente que atualmente tem seu uso proibido por lei é no mínimo bizarro. Usar métodos de protesto vulgo democrático para este fim só pode ser piada de péssimo gosto. E ainda propor em “assembléia” chamar uma greve geral dos alunos da instituição como se representassem o pensamento da maioria dos alunos é no mínimo ridículo.   Se é este o novo  perfil político dos alunos da USP, só restará a população do Estado de São Paulo, rezar, porque dias cinzentos viram por ai.

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