segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Posse Presidente e Governadores – Triste Realidade!

No primeiro dia de 2007 houve posse do Presidente da Republica e Governadores eleitos em 2006.
Porem é triste ver a realidade econômica e social que estes senhoras e senhoras encontram em seus estados e no caso do presidente, no país.
Boa parte dos recursos arrecadados com o suor da população e empresas que ainda conseguem pagar impostos, esta comprometida em despesas com pessoal, custos administrativos, divida publica e juros. Para se ter uma idéia, mesmo Minas Gerais estado brasileiro que verdadeiramente lutou nos últimos 4 anos para ao menos conseguir gastar o que arrecada, conseguira no maximo investir R$ 2,6 bilhões*, contra uma arrecadação prevista de R$ 27 bilhões* em 2007. Como se pode perceber R$ 24,4 bilhões será utilizado para pagamento de custeio publico, divida e juros restando apenas algo próximo de 10% do total arrecadado para investimento em educação, saúde, saneamento básico, habitação etc.
O Estado de Tocantins, por exemplo, embora claramente tenha bom ajuste orçamentário, arrecadara R$ 3,1 bilhões* e tem comprometido apenas com custo de seu pessoal (funcionario publico, Legislativo, Judiciario, Cargos de Confiança, Serviços Tercerizados) R$ 2 bilhões*, somados a outras dividas e juros restara pouco mais de R$ 800 milhões para investimento.Em situação pior se encontra o estado de Sergipe, arrecadação de R$ 3,2 bilhões*, restara apenas R$ 448 milhões* para investimento. São Paulo o maior estado em arrecadação da federação com R$ 80 bilhões* tem previsto investimentos de apenas R$ 4,9 bilhões* para 2007 ou pouco mais de 5% do total arrecadado. Exemplos de estados com investimento estagnado pode ser relatado em todas as 27 unidades da federação, para simplificar basta dizer que em 12 estados o custeio com pessoal representa mais de 80% de sua arrecadação sem mencionar as dividas e juros não contabilizados neste percentual.O mesmo problema ocorre com a união que tem seus recursos praticamente comprometidos com custeio administrativo, divida e juros internos e podemos afirmar que a situação dos municípios brasileiros é ainda muito pior. Durante anos a idéia de estado gestor da economia brasileira foi dito e propagado de forma ampla, Até os dias atuais esta afirmação ainda é verdadeira para muitos. Porem vamos aos fatos, o conjunto do estado brasileiro esta falido e sem a mínima capacidade de investimento, é péssimo gestor e não consegue nem ao menos definir e seguir uma política seja ela social, industrial, agrícola, agropecuária ou econômica. O que estamos assistindo é a pessoas tentando fingir que o problema tem solução e insistindo em um modelo (estado gestor) incapaz de suprir sozinho as necessidades de toda a sociedade, sem mencionar a incessante busca por interesses pessoais ou corporativistas. A posse dos Sr(s) e Sra(s) Governadores e Presidente da Republica foi pautada pelo pouco de entusiasmo da população que já demonstra de forma clara a total falta de esperança da sociedade. O fim do estado gestor e o inicio de um estado apenas planejador, investidor e fiscalizador, entregando a iniciativa privada (parceria Estados e Iniciativa Privada) a gestão e execução de serviços aliada à renegociação da divida publica de estados e municípios e coragem da união para negociar sua própria divida publica será a única forma de sairmos desta estagnação econômica e social a qual nos encontramos. Basta humildade e coragem de todos (sociedade e governo) para enxergar o problema e andar em direção a solução. Não vou agora entrar no mérito das inúmeras causas que permitiu que esta situação chagasse até aqui, até porque em vários outros artigos aqui no Blog já falei a respeito o importante agora é tentar mudar a situação. Aqui no Blog existem idéias claras deste modelo (parceria estado e iniciativa privada) para as áreas de educação, saúde e até mesmo para a área econômica todas elas podem ser estendidas para outras varias áreas. O importante é deixar a ideologia barata e radical de lado e buscar solução para o todo da sociedade. Porque sem uma mudança no modelo de gestão será impossível qualquer destes senhores e senhoras fazer um governo verdadeiramente bom.