sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Economia - Fim do Estado Gestor!

A idéia de estado gestor, propagado por muitas gerações no Brasil e base cultural política em vários níveis da sociedade brasileira, merece ser repensado com urgência! O país através da arrecadação em impostos recolhe para seus cofres quase 40% do PIB formal e somente consegue re-investir 2% (União, Estados e Municípios), fica bastante evidente que não existe mais capacidade do estado elaborar e gerir um projeto de crescimento econômico sozinho, pois simplesmente não tem recursos, atolado em divida interna (titulo da divida publica e juros), alto custo de sua maquina administrativa, inúmeras barbeiragens políticas e econômicas realizadas nos últimos governos e aplaudidas por grande parte dos economistas e analistas da área, sem esquecer de mencionar alto custo tributários, trabalhista, legislação complexa, alto custo do dinheiro (juros), baixa demanda (mercado interno), uma constituição que torna o país quase que refém de vínculos e burocracia, um judiciário lento e injusto, congresso mais preocupado com vaidades do que em legislar e etc. Corremos o risco de ver um presidente acuado pela promessa de crescimento de 5% para 2007 cometer mais atrocidades que pagaremos caríssimo nos próximos anos, elaborando a qualquer custo um plano para obter o crescimento prometido. Da maneira como esta sendo proposto em balões anunciados a imprensa somente com muita sorte conseguira e se conseguir não terá combustível para manter nos anos seguintes, devido às amarras burocráticas, legais, fiscais, políticas e principalmente financeiras a que esta exposto. Para sair desta situação e continuar a ser o líder gestor o governo necessitaria de medidas corajosas como renegociar sua divida e juros internos (títulos da divida) ou cortar drasticamente o custo de sua maquina para conseguir canalizar receitas para as inúmeras demandas estruturais e sociais absolutamente urgentes, alem de melhorar e muito sua eficiência em planejamento e gestão algo que esta obvio que não possui. Mesmo sendo corajoso (governo) fica a duvida se conseguiria recursos suficientes para arcar com as necessidades.A única saída real para o crescimento da economia seria o governo sair do papel de gestor e buscar parcerias com a iniciativa privada, já que esta nas mãos da iniciativa privada os recursos necessários para investimentos, alem da agilidade que o momento pede nas mais diversas áreas e necessidades para o crescimento do país. Caberia ao estado somente planejar, investir parte dos recursos, fiscalizar e acompanhar o andamento e execução, saindo, portanto completamente da gestão e execução de negócios e projetos. E isso pode ser feito nas mais amplas áreas de atuação indo de infra-estrutura até projetos sociais como educação, saneamento, saúde etc. Aqui no Blog sob o titulo “Direito de Escolha” para a área de educação, cito um exemplo do que pode ser realizado em parceria com a iniciativa privada onde o estado seria apenas investidor e fiscalizador porem completamente fora da gestão das unidades educacionais.Será muito mais fácil rápido e eficiente ao governo criar legislações e ambiente favorável para investimento e gestão da iniciativa privada em projetos e programas urgentes do que ele mesmo tentar o que não tem condições de realizar. Ao governo cabe principalmente buscar reformas estruturais urgentes na previdência social, na área fiscal, trabalhista e buscar reduzir taxa de juros de referencia alem de buscar estimular o crescimento de seu mercado interno, principalmente para o médio, pequeno e micro empresário esquecido há décadas pelos governos e que tem sido, isso sim! Sistematicamente sugados para cobrir o buraco causado pelas inúmeras barbeiragens governamentais. Uma séria e verdadeira política industrial se faz urgente. Cabe ao governo agilizar e planejar o país .