No ultimo dia 14.12.2006 o congresso nacional através dos lideres partidários resolveram conceder a eles próprios 91% de aumento de salário. Restou a população à justa indignação.
O congresso nacional a muito vem tendo taxa de reprovação variando entre 33 e 37%, coincidentemente o mesmo percentual se somadas, as classes Alta e média da população brasileira e numero muito parecido com os votos dado ao candidato Geraldo Alckmin, no segundo turno das eleições presidenciais. Cito os números para demonstrar que o descontentamento com a atual situação política e econômica que estamos vivendo, vem alcançando uma parcela da população próxima aos 40% . Dentro deste percentual (40%) encontra-se, principalmente a parcela da população brasileira de melhor acesso as informações, melhor nível cultural, maior parcela de contribuintes para os cofres publico, empresários, formadores de opinião e etc. Porem como pode ser percebido, existe uma maioria da população que parece não levar em conta fatores como corrupção, falta de investimento em infra-estrutura, gasto público, divida interna, barbeiragens econômicas e etc. Para esta população todo político é igual! Por ser igual, aquele que estiver favorecendo no momento, leva o voto. Desta forma basta agradar esta parte da população que possivelmente será o bastante para garantir a eleição a cargos executivos e parlamentares, isso parece já ter sido percebido por uma parcela da classe politica. Basta ver quantos dos acusados de corrupção retornaram ao congresso, pouco importa para muitos congressistas a opinião publica que resultara absolvição de um parlamentar corrupto ou mesmo aumento abusivo de seus próprios salários. O percentual de eleitores do Presidente da Republica demonstra claramente isso. Os beneficiados com o bolsa família não estão nem ai para formadores de opinião, classe média e alta, para essa parcela da população que ficou durante anos a margem e sendo apenas utilizada como instrumento para interesses, o importante é que este governo esta de alguma forma favorendo seus interesses. A atual classe política parece não se importar com opinião da mídia e nem a quem ela tenha algum tipo de influencia. Sabe que o poder de mobilização nunca passara de comentários indignados e e-mail de protesto momentâneo, porem em momento algum resultara em pressão verdadeiramente digna de ser sentida, apenas atuações isoladas e limitadas. Salvo classes organizadas em busca de interesses restritos os demais jamais pressionaram de forma organizada decisões do congresso ou do executivo. Algo absolutamente possível e muito democrático, porem pouco realizado por parte dos 40% atingidos e indignados com os vários fatos ocorridos.