13 de Junho de 2007, esta data entra para historia política deste país. Neste dia, a sociedade brasileira pode assistir abismada em que ponto chegou a hipocrisia, demagogia e falta de respeito dos membros do Senado brasileiro com a instituição Senado Federal e principalmente com a sociedade a qual eles deveriam representar! Foi esmagada de forma covarde, toda base ética, moral e honradez que deve haver em um conjunto de representantes da sociedade! A data será marcada pela apresentação de um dos maiores assaltos a inteligência da sociedade brasileira! A Instituição Senado, esta sendo vitima de interesses pessoais e corporativos absurdos e ocultos, uma verdadeira epidemia de imoralidade explicita! O câncer, esta enraizado, a tal ponto, que nem um “Me engana, que eu gosto” como no caso dos deputados envolvidos e “inocentados” á época do mensalão, foi realizado! Esta sendo feito á olhos vistos mesmo, sem nenhum pudor! O Senado federal de forma bizarra, esta se mostrando uma casa de interesses corporativos e pessoais obscuros, longe de representar os interesses da sociedade brasileira da forma como deveria e foi eleita para representar! O Senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), relator do processo aberto no Conselho de Ètica, contra o Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), sem ouvir uma única testemunha contraria aos argumentos do Senador Renan Calheiros e baseado apenas nas provas apresentadas pelo próprio senador, adicionado do depoimento realizado pelo “amigo lobista” Cláudio Gontijo, ao corregedor do Senado Romeu Tuma (DEM-SP), já apresentou seu relatório, defendendo voto pelo arquivamento do processo, com os mais hipócritas, absurdos, imorais e surpreendentes argumentos! O relator, concluiu não necessitar ouvir mais nenhuma testemunha, porque, segundo seu parecer o “acusado” (Renan Calheiros), provou ter recursos suficientes para poder honrar seus compromissos financeiros com a jornalista Mônica Veloso e sua filha, fruto de um relacionamento extra conjugal, durante o período em que o Senador Renan Calheiros solicitou “favor” ao “amigo lobista” Cláudio Gontijo, para efetuar “pagamentos pessoais” de pensão, aluguel e outras despesas, conforme denunciado na Revista Veja. Finalmente, segundo argumentos do relator, o processo não tem lógica para existir! È possível concluir, seguindo a linha de raciocínio das conclusões do relator, que qualquer pessoa que consiga provar ter recursos suficientes para honrar seus compromissos, no montante de recursos “suspeito”, jamais em hipótese alguma, pode ser acusada de desvio de conduta ética, corrupção ou favorecimento neste país! Esta tudo liberado corrupção, compra de Rádios e Fazendas em nome de Laranjas, solicitar “favor” a “amigo lobista” e propor conjuntamente ao “favor” emenda parlamentar favorecendo a empresa onde o “amigo lobista” trabalha! O importante é provar que tem recursos suficientes para honrar! Não necessita nem mesmo comprovar que o recurso tenha saído de sua conta! Caso o cidadão prove que é o “Rei do Gado”, então, esta com salvo conduto, imagine, o Senador Renan Calheiros, que mesmo sendo profissional da política há 30 anos, consegue em Alagoas um estado sem muita tradição na criação de gado obter excelentes resultados financeiros com sua criação, um verdadeiro “gênio” do setor no Brasil! È por parlamentares e políticos, virando as costas para os anseios da sociedade, que a Venezuela chegou até Hugo Chaves! Mesmo aqui no Brasil, a ditadura militar ocorreu com apoio de grande parte da sociedade brasileira e de formadores de opinião da época em situação muito parecida! Depois veio o arrependimento, mas já era tarde! O congresso nacional brasileiro esta perigosamente contaminado por interesses diferentes das expectativas e necessidades da sociedade, virou infelizmente muito mais que um balcão de negócios é um verdadeiro shopping center de negócios obscuros pessoais e corporativos. Mas, a sociedade brasileira tem sua grande parcela de culpa neste câncer enraizado que virou nossas instituições democráticas, os motivos podem ser variados preguiça, omissão, interesses ou até apatia, mas o fato é que contra a política Norte Americana houve protestos quando o presidente americano George W. Bush veio ao Brasil, até mesmo um protesto de 200 punks, houve na Avenida Paulista em São Paulo, contra reunião do G8, mas, absolutamente nada contra as varias calamidades e desfaçatez de nossos representantes. Até mesmo a grande imprensa, formadores de opinião e a minoria parlamentar honrada deste país que poderiam representar a voz de parcela da sociedade, de maneira genérica não tem pressionado como já fez por diversas vezes, com uma ou outra exceção! O mais cômico para não dizer irônico é que durante a mesma sessão do Conselho de Ètica do Senado, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), líder do PT no Senado, ainda produziu a seguinte frase em defesa do Senador Renan Calheiros e do relatório apresentado pelo Senador Epitácio Cafeteira: “Eu quero saber se vai ter Conselho de Ètica para Decoro Jornalístico” espinafrando a imprensa em especial a Revista Veja! Imagine, se houvesse pressão! A Senadora provavelmente iria propor a volta da censura e fechamento de órgãos de imprensa! Infelizmente, á sociedade brasileira esta passiva diante de suas instituições democráticas doentes e recheadas de interesses perigosos! O retorno ao estado democrático no Brasil foi uma luta que custou muitas vidas físicas e afetivas e não pode ser colocada em risco por um congresso contaminado por “clubinhos” fechados totalmente voltados a seus próprios e obscuros interesses. Cabe a sociedade, formadores de opinião, parlamentares honrados e liderança políticas voltadas aos verdadeiros interesses da sociedade e democracia dar um basta a atitudes absurdas e totalmente imorais, como estas que estão ocorrendo agora no Senado brasileiro, mas, que vem ocorrendo a muito em ambas as casas do Congresso Nacional. Muito mais importante que o “Risco Brasil” para o mercado financeiro é o “Risco Institucional” que estes senhores transvestidos de representantes da sociedade estão representando para a democracia e estabilidade institucional brasileira.