As denuncias da Revista Veja, sobre a perigosa ligação entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) com o “lobista” Cláudio Gontijo vinculado a Construtora Mendes Junior, já deveriam servir em qualquer instituição parlamentar, com o mínimo de seriedade, para o afastamento imediato da presidência da casa e minuciosa investigação de possivel quebra do decoro parlamentar. No Senado brasileiro, provocou outro tipo de reação entre seus integrantes, o corporativismo! Imediatamente foi criado, teatro recheado de farsa com a clara intenção de encerrar qualquer possibilidade real de apuração dos fatos, apesar da grave acusação sobre o presidente do senado Renan Calheiros de solicitar “favor pessoal” a seu “amigo lobista” Cláudio Gontijo, vinculado a Construtora de obras publicas, para efetuar “pagamentos pessoais” de pensão e outras despesas a Jornalista Mônica Veloso, com a qual o Senador teve uma filha, fruto de uma relação extra conjugal. O Senado brasileiro insiste em tentar de forma corporativa e obscura encerrar toda e qualquer investigação sob a alegação (sic) de falta de provas, conforme relatório apresentado pelo relator do Conselho de Ètica, o Senador Epitácio Cafeteira com apenas 2 dias de instalado processo contra Renan Calheiros, baseado apenas em documentos e argumentos apresentados pelo próprio Renan Calheiros e seu “amigo lobista” Cláudio Gontijo. Existe neste corporativismo a tentativa de não responder a principal questão apresentada nesta denuncia! A pergunta que continua no ar, não é somente com relação à origem dos recursos para os “pagamentos” realizados, mas, se é permitido a um Senador da Republica solicitar “favor” a um “amigo lobista” vinculado à empresa com interesses no Senado brasileiro, envolvendo “pagamento pessoal” em “dinheiro vivo”, com dois agravantes! O primeiro: Os pagamentos foram realizados dentro do escritório da construtora Mendes Junior! O segundo: Na mesma época da solicitação do “favor”, o senador Renan Calheiros, propôs emenda parlamentar ao Orçamento da União para construção de Cais de Container em Maceio-AL que favoreceu a Construtora Mendes Junior! Portanto, a principal questão a ser respondida é se este fato é ou não, no entendimento dos senadores, quebra de decoro parlamentar! A investigação sobre a origem dos recursos serve para demonstrar se foi uma troca simples de favores ou comissão em troca de favorecimento, a popular corrupção! O Senado, desde o inicio das denuncias procura minimizar e desviar de forma absurda a questão ética e moral, argumentando de forma bizarra, que o Senador Renan Calheiros tinha condições financeiras para arcar com suas obrigações pessoais e por este motivo não haveria a caracterização de quebra do decoro parlamentar! Em resumo, esta liberado o “favor amigo”, bastando ao parlamentar provar que tem recursos para arcar com as despesas do “favor”! E nem isso, o Senador Renan Calheiros consegue demonstrar de forma limpa! Esta claro que tem recursos, porem, não esta claro se saiu de suas contas os pagamentos efetuados por seu “amigo lobista” e nem mesmo a honestidade na obtenção dos recursos já declarados! O corporativismo obscuro em que vive atualmente o senado federal é preocupante e deve ser rapidamente revisto pela sociedade brasileira! O senado federal é uma importante instituição democrática e não pode servir a interesses obscuros! Somente na ditadura, se pode verificar tamanho uso inadequado do senado brasileiro! A solução para acabar com este nítido corporativismo enraizado dentro do Senado brasileiro seria por meio de consulta a sociedade sobre a necessidade ou não de renovação integral do Senado Federal já nas próximas eleições para o parlamento federal. Um plebiscito poderá ser facilmente proposto, conjuntamente com as próximas eleições municipais! Cabe a sociedade, pressionar pelas vias legais! Somente a sociedade pode decidir, se as atitudes corporativas de nossos representantes podem ou não continuar, preservando assim a instituição Senado e defendendo a democracia duramente obtida neste país!