No Brasil acredito que formadores de opinião, parlamentares e sociedade perderam a noção do significado do Senado Federal e principalmente a importância e valor moral e ético que o presidente da casa deve possuir.
No caso das denuncias feitas pela Revista VEJA sobre os “favores” realizados pelo Sr. Cláudio Gontijo, lobista vinculado a Construtora Mendes Junior ao Senador e presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), independente da origem dos recursos ou passado político, qualquer parlamento minimamente sério já o teria afastado da presidência da casa e aberto processo por decoro parlamentar devido ao tamanho absurdo ético e moral cometido, pelo senador. O que deve ficar claro é que dependo da posição de uma figura publica, determinados erros “perdoáveis” ao cidadão comum a estes senhores não existe esta possibilidade, este é o verdadeiro e único preço do poder. O presidente de uma instituição da importância do Senado Federal deve conter algumas qualidades mínimas, dentre elas o respeito incondicional a família, a coisa publica, mas, principalmente deve de todas as formas estar isento de qualquer tipo de influencia de empresas e pessoas com interesses diretamente relacionados à instituição a qual preside. O Presidente do Senado é quem responde e normalmente dita e determina o ritmo das prioridades e interesses da casa sem esquecer de mencionar que se torna imediatamente um espelho e exemplo de moral e ética para a sociedade. No caso denunciado pela Revista Veja e admitido em boa parte pelo próprio senador em seu pronunciamento a casa sobre o tema, fica claro que o Senador Renan Calheiros feriu toda ética e valores morais que o presidente do Senado necessita e deve ter. È inadmissível que o presidente da casa utilize um “amigo lobista” de uma construtora com inúmeros interesses dentro do Senado Federal para realizar pagamentos pessoais a sua amante, de pensão ou ajuda gestante, mais inaceitável ainda é que estes pagamentos tenham sido realizados dentro do escritório da Construtora Mendes Junior (conforme relatado pela jornalista Mônica Veloso, através de seu advogado). Mesmo partindo do pressuposto que os recursos são de origem nobre e própria (embora ainda não tenha sido esclarecidas a origem e nobreza dos recursos) é impossível aceitar que o presidente do Senado tenha realizado qualquer pagamento pessoal dentro de um escritório de uma construtora com inúmeros interesses diretamente ligados ao Senado brasileiro e por um funcionário da empresa “amigo pessoal” do senador, aceitar isso é no mínimo absurda ofensa moral uma afronta a ética, porem muito mais absurdo é o silencio da sociedade e a cara de pau dos demais senadores em acharem absolutamente esclarecida qualquer duvida sobre o tema pelo Senador Renan Calheiros. Estes senhores não tem a mínima noção da barbaridade que esta sendo realizada com a historia do Senado Federal sem mencionar o acréscimo ao já enorme descrédito junto à população. O espelho apresentado por estes senhores a sociedade é de sujeira, uma imoralidade absurda e coloca todo Senado Federal em lamentável posição. O parlamento brasileiro quieto aceitando estes fatos no mínimo deixa a entender que compreende e pratica as mesmas atitudes, mas independente da péssima e duvidosa qualidade da classe política brasileira, não é possível que formadores de opinião e sociedade aceitem, repito insistentemente, que o presidente do Senado brasileiro efetue pagamentos pessoais por intermédio de um “lobista amigo” dentro do escritório de uma construtora com inúmeros interesses em matérias diretamente ligadas ao Senado brasileiro. A sociedade tem o dever de reagir, pois a instituição Senado é muito maior e mais importante que estas pessoas e suas atitudes.
