Independente das causas do acidente ocorrido dia 17 de julho ultimo, em São Paulo, com o Aibus da TAM no aeroporto de Congonhas, vitimando mais de 200 brasileiros, algo deve ficar bem claro, não é possível a qualquer gestor com um mínimo de responsabilidade e competência aprovar a ampliação do trafego de pousos e decolagens de aviões de grande porte em um aeroporto que tem como área de escape a maior metrópole do país, São Paulo! A irresponsabilidade, incompetência e ganância de companhias aéreas e “profissionais” dos vários órgãos de administração e regulamentação do setor são os únicos responsáveis pelo acidente ocorrido em São Paulo! Os dois últimos mandatários do Governo Federal têm uma grande parcela de culpa no caos aéreo iniciado em setembro ultimo, incluindo os dois acidentes ocorridos no período, devido à incapacidade e incompetência em planejar, gerenciar e investir no setor. A falta de planejamento fica obvia, especialmente neste acidente ocorrido em Congonhas, pela inexplicável ampliação no uso do Aeroporto de Congonhas, que já estava em franca redução de sua utilização no inicio dos anos 90, exatamente pela perigosa falta de estrutura para abrigar um grande trafego de pousos e decolagens principalmente de aviões de grande porte somado a sua perigosa localização e falta de segurança em caso de falha humana ou problemas mecânicos nas aeronaves! É inegável, que o atual governo federal tem uma parcela muito significativa em grande parte das incompetentes decisões formuladas para o setor aéreo, desfigurou e inflou empresas e órgãos ligados ao setor com políticos de carreira e ou de pessoas sem a mínima qualificação e competência para gerir e planejar o setor, muito mais interessados em resolver seus interesses pessoais em detrimento aos interesses, necessidades e segurança dos usuários, uma incompetência e incapacidade jamais visto na historia da republica! Ninguém, ligado ao setor aéreo, em especial o governo federal, que controla todas as empresas de gestão e regulamentação, pode reclamar que não tinha conhecimento sobre os perigos do uso do Aeroporto de Congonhas e suas possíveis conseqüências, principalmente após o acidente de 1996 com um avião Focker 100 da própria TAM, que caiu sobre a cidade de São Paulo mais especificamente sobre casas no bairro do Jabaquara, vitimando pelo menos 99 pessoas, após o avião apresentar defeitos mecânicos na decolagem realizada no Aeroporto de Congonhas, mas se não bastasse antigos avisos, ainda houve os recentes, como o avião da BRA, que por questão de pouco mais de 2 metros não passa da pista de pouso e cai na avenida dos Bandeirantes, uma avenida de intenso trafego de veículos, logo abaixo da pista de pouso do aeroporto, após dificuldades em pouso no aeroporto sem esquecer de mencionar que 2 dias antes do acidente do Airbus da TAM, um avião da Pantanal derrapou na pista do Aeroporto de Congonhas em seu pouso, demonstrando que até mesmo para avião de porte inferior o aeroporto é questionável! A incompetência e irresponsabilidade dos órgãos públicos e companhias aéreas é a muito visível quando juntas não conseguem nem mesmo encontrar soluções para conter as sabotagens e problemas ocorridos nos últimos 10 meses nos vários aeroportos e espaço aéreo brasileiro, muito pelo contrario estão dando um verdadeiro show de incompetência! Estas pessoas e empresas, ao longo dos anos conseguiram transformar um aeroporto totalmente sem condições de operar com aviões de grande porte e grande trafego em principal aeroporto do país! Transformaram algo que não teria mais condições nem mesmo de ser “ator coadjuvante” em “principal astro” entre os aeroportos brasileiros! Como plus de incompetência e ganância, conseguiram ainda operar o Aeroporto de Congonhas, acima da capacidade de pousos e decolagens, apesar dos crônicos problemas! Uma possível explicação, esta no fato de a muito, as companhias aéreas contarem entre seus principais acionistas com empresários de muito “sucesso” no setor de transporte publico, urbano e rodoviário e foi a partir da ascensão destes empresários ao setor aéreo que Congonhas, que deveria ser apenas um aeroporto para pequenas aeronaves ou vôos curtos como a ponte aérea, ter mudado o foco, passando a ser ao longo do tempo o principal aeroporto brasileiro em rotas de chegada e destino, trazendo para o setor aéreo brasileiro, praticas gerenciais duvidosas, porem consagradas no transporte urbano e rodoviário, como obtenção de licenças para operação em aeroportos e trechos obtidos muitas vezes de forma questionável, fazendo possível uso de corrupção em empresas e órgãos públicos para conseguir seus objetivos, parece que estes empresários encontraram o ambiente ideal nos órgão públicos ligados ao setor aéreo, recheado de pessoas de caráter publico e competência duvidosas! O atual Governo Federal também falha quando demonstra estar muito mais interessado em preservar sua imagem, algo que fica evidente quando procura com muito discurso vazio e marketing, propagar suas conquistas, em sua maioria mentirosas, sem nenhuma preocupação com o caráter e competência dos profissionais e colaboradores nomeados para planejar gerenciar os vários setores de atuação do governo, possibilitando uma raiz muito profunda de corrupção que já toma grande parte dos vários órgãos e empresas ligadas ao Governo Federal e no caso do setor aéreo não é diferente! A preocupação do Governo Federal em preservar sua imagem e se isentar de qualquer responsabilidade em detrimento aos problemas e sentimentos da sociedade brasileira pode ser visto no flagrante gesto realizado com as mãos pelo assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia e com o corpo pelo seu auxiliar Bruno Gaspar, ao escutarem noticias sobre os problemas mecânicos, admitidos pela TAM em seu Arbus, fato este que no entendimento bizarro do assessor da Presidência da Republica e seu auxiliar, isentaria o Governo Federal de qualquer responsabilidade com o acidente, algo que infelizmente para eles não é o caso! Principalmente devido à incompetência do governo Federal em gerenciar e principalmente em saber afastar incompetentes e escolher profissionais realmente capazes para resolver e planejar o setor aéreo, sempre tentando deixar o tempo e o acaso resolverem os problemas, como já é habito no atual Governo Federal. A possível incompetência e irresponsabilidades da TAM na manutenção de suas aeronaves, não isenta em nada a responsabilidade do Governo Federal no acidente no maximo pode vir a somar mais um culpado a tragédia e colocar em duvida a capacidade da empresa em operar no setor. Porem, o gesto com as mãos do assessor especial da Presidência da Republica e com o corpo realizado pelo seu auxiliar, retrata com perfeição literal o sentimento da sociedade brasileira, em relação à competência, honestidade e capacidade do atual Governo brasileiro!