quarta-feira, 9 de abril de 2008

Crescimento Econômico – Sobra Demagogia, Falta Seriedade!


O Governo brasileiro comemora com entusiasmo a taxa de crescimento que o país vem obtendo, algo em torno de 5% ao ano. Boa parte deste sucesso se deve á continuidade das politicas econômicas implantadas no governo FHC (PSDB-SP) que depois de muito machucar a sociedade e empresas brasileiras parece agora estar colhendo finalmente frutos. O PSDB e DEM, mentores e defensores da atual politica econômica estão vendo os louros da vitoria no colo do atual governo! Porem vale sempre ressaltar que a continuidade desta politica econômica é resultado de um grande engodo politico propagado ao longo da historia pelo PT, que era radicalmente contrario a tais politicas, porem felizmente devido a falta de total capacidade para elaborar um programa próprio de governo se viu obrigado a dar continuidade as politicas econômicas já implantada na época, este talvez seja um dos raros casos de mentira politica que realmente beneficiou a sociedade brasileira ao longo de nossa historia. A realidade é que embora não seja nem de longe o pai da criança, é Lula (PT-SP) que se beneficia dos resultados. È inegável que o atual governo também contou com a sorte de ter a favor o ótimo desempenho da economia mundial puxado em muito pela demanda chinesa. Não custa porem ressaltar que o crescimento econômico continuo é totalmente depende de reformas verdadeiras nas áreas tributaria, trabalhista e principalmente de investimento robustos na areá de infra estrutura. È neste ponto que a coisa fica complicada, quando imaginamos o futuro! Investimento necessita de planejamento, algo que este governo já demonstrou não ser muito eficiente e acima de tudo, muita verdade e vontade e não propaganda enganosa como nosso PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que alem de ser insuficiente é também utilizado como propaganda mentirosa para demonstrar a falsa eficiência de um governo incapaz e principalmente esta servindo de palanque eleitoral mentiroso para uma eventual candidatura politica da chamada Mãe do PAC a Ministra da Casa Civil Dilma Rousseff ou quem sabe como justificativa para uma nova tentativa de reeleição do atual presidente. Impressionante mesmo é a incapacidade politica da atual oposição, que não consegue demonstrar para a sociedade que apenas 25% do dinheiro que já deveria estar aplicado no PAC foi realmente aplicado, embora o governo tente demonstrar com argumentos e números falsos que mais de 90% do planejado para esta etapa esteja concluído! Esta mentira pode custar ao país o futuro do atual crescimento econômico e infelizmente o Brasil não tem mais tempo para demagogia mentirosa de governos irresponsáveis. O PAC por si já não é o bastante devido as necessárias demandas urgentíssimas por investimento em Infra-Estrutura (principalmente no setores de energia e logística). Atitudes monetárias e reformas estruturais urgentes que deveriam já estar ocorrendo como queda na taxa de Juros e reformas primordiais como a tributaria e trabalhista, estão praticamente sendo ignoradas! No máximo se fala em simplificação tributaria e mesmo esta vem sendo contestada por renomados tributaristas que acreditam que tais medidas devem elevar a já enorme carga tributaria brasileira, embora se admita que ao menos simplifique o modelo de cobrança e tempo desperdiçando pelas empresas e pessoas com a burocracia reinante em nossa legislação tributaria. Outros pontos a serem atacados com urgência e que vem sendo conduzido a barrigadas como á divida Publica (interna), Previdência Social, Custo da Maquina Publica não conseguem passar dos debates e estão longe de começar a virar realidade racional visando favorecer a economia , empresas e sociedade e como sempre estão sendo evitados por setores não interessados nos meios políticos e econômicos, setores gerenciados ou com atuação de pessoas cancerígenas ao país, como sempre ocorre no Brasil. O debate já esta fervendo na imprensa, entre economistas, empresários, formadores de opinião e principalmente dentro do próprio governo, mas soluções concretas parece não interessar a ninguém. Propostas discutidas isoladamente e não em conjunto são debatidas aos montes, mas nenhuma objetiva e concreta a ponto de entusiasmar .Partem de cortes orçamentários (controle sobre o custeio da maquina publica, custo anual superior a 106 bilhões) de difícil negociação entre grupos de interesse e políticos, reformas estruturais complexas (previdência, política, tributaria, judiciário), todas sabidamente necessárias, não conseguem sair do papel! Um caminho amargo porem rápido e concreto a ser proposto para agilizar e facilitar o crescimento econômico, investimento, reformas e demais demandas, mas que ninguém tem coragem de sugerir, talvez por medo de ser “marcado” por proferir tal pensamento é a “reestruturação” dos prazos de pagamento da divida publica interna (títulos da divida) e redução significativa das taxas de juros cobrados sobre ela. Em 2007 o Brasil já havia pago até o mês de outubro mais de R$ 115 bilhões apenas em juros da divida interna, divida hoje superior a R$ 1 trilhão (Brasil arrecadou em 2007, R$ 322,638 bilhões até outubro). O alongamento corajoso da divida com redução do premio (juros) traria corte de despesas aliado à liberação de receita que hoje esta atrelada a pagamento de dividas publicas e premio, suficiente para poder desonerar imediatamente carga tributaria e investir recursos em infra-estrutura de forma a obter o crescimento possível e necessário para o avanço da economia brasileira alem de facilitar reformas estruturais. Sempre será alegando que uma reestruturação acarretara em perda dos ganhos não somente para instituições financeira, mas também para parcela da sociedade como os aposentados que tem parte de seus recursos aplicados em papeis da divida publica, porem esta parcela da população é infinitamente menor que a parcela que seria beneficiada com a imediata redução e alongamento dos prazos desta divida, na verdade esta medida causaria muito possivelmente o repudio do “mercado” , porem já esta na hora de um pequeno sacrifício do mercado em prol de toda a sociedade, principalmente porque esta medida não retiraria o lucro do mercado somente iria diminuir o tamanho do ganho. A muito o Brasil gasta mais do que arrecada, obrigado-se a sistematicamente emitir novos títulos da divida com lastro e premio atraente para atrair o “mercado”, para assim fechar a sua deficitária conta. Neste caminho e dependendo de fatores externos a longo prazo o Brasil correra o risco de literalmente não conseguir honrar seus compromissos e nem obter o sonhado crescimento continuo, necessário as varias demandas. A Reestruturação aliando juntamente mudanças político estruturais extremamente necessárias para a continuidade do crescimento econômico traria também tranqüilidade e agilidade para realizar reformas mais complexas como no judiciário, nas leis trabalhistas, na previdência, nas contas correntes e outras demandas, pois ocorrera oxigênio rápido à economia (receita), alem de recursos imediatos para os absolutamente necessários investimentos em infra-estrutura de forma sólida e equilibrada. A ousadia da “reestruturação” da divida interna, deve vir conjuntamente com ferramentas político estruturais igualmente corajosas para que o “mercado” entenda como ajuste e não como atitude irresponsável. O fortalecimento e independência das agencias reguladoras conjuntamente com a independência do Banco Central que administraria sem interferências políticas a nova situação de mercado ocorrida com a “reestruturação”. Com este conjunto de medidas poderá o governo ajustar suas contas, melhorar suas receitas, dar fôlego a estados e municípios e demonstrar ao “mercado”, comunidade internacional e sociedade que não se trata de uma quebra nas regras, mas sim de um ajuste estrutural. O momento é ideal a implantação do conjunto das medidas propostas, unindo governo com força política (devido aos altos indicies de aprovação) e reservas cambiais satisfatórias para o conjunto das medidas. Tem que ter coragem e ousadia política para realizar